O delegado-geral da Polícia Civil, Marcílio Barenco, apresentou nesta segunda-feira (20) dados estatísticos sobre crimes de homicídio ocorridos em Alagoas, e as ações que a Polícia Civil vem implementando desde que assumiu o cargo, em março deste ano, com o objetivo de reduzir a criminalidade no Estado. Segundo o relatório, foram registrados até agora 1.541 homicídios em todo o Estado.
A apresentação foi feita, durante reunião do Conselho Estadual de Segurança Pública, na qual também comunicou a criação de uma comissão para levantar todos os casos de homicídios, acontecidos nos últimos cinco anos, e onde não houve instauração de inquérito. “A partir desse levantamento, os policiais civis – inclusive delegados – que por ventura tenham negligenciado deverão responder por seus atos”, acrescentou.
Marcílio Barenco explicou que o Conselho de Segurança já havia dado um prazo para que essas informações fossem fornecidas, mas alguns delegados não cumpriram a determinação. Houve uma afronta a este Conselho que precisa ser analisada”, salientou.
Ao apresentar os dados relativos aos homicídios ocorridos em Alagoas, elaborado pela Gerência de Estatística e Análise Criminal, ligado à Diretoria de Estatística e Informática (Deinfo), da Polícia Civil, o delegado-geral revelou que, desde março último, a ocorrência desse tipo de crime tem sofrido uma gradual redução.
De acordo com o relatório, este ano, aconteceram 1.541 homicídios em Alagoas, sendo: 176, em janeiro; 220, em fevereiro; 173, em abril; 161, em maio; 178, em junho; 133, em julho; 143, em agosto, e 144, em setembro.
Em setembro, pela estatística, Maceió continuou liderando com 72 assassinatos. No interior, Arapiraca lidera com 8), seguido de Penedo (5) e Traipu (4).
Marcílio Barenco destacou que, no interior, houve casos como a região de Batalha onde não aconteceram homicídios, e citou também o caso de Teotonio Vilela – tido como um município muito violento -, mas que, a partir de uma parceria com o poder público municipal para investimentos no setor de segurança, aconteceu uma redução significativa na criminalidade. Em agosto, não houve nenhum assassinato, e em setembro ocorreu apenas 1 (um).
Na Capital, os bairros mais violentos foram o Tabuleiro (12), o Benedito Bentes (10) e o Vergel do Lago (7).
Um relatório das atividades da Polícia Civil este ano também foi apresentada, na reunião do Conselho de Segurança. “Desde que assumimos a Delegacia-Geral implantamos um sistema de produtividade que mostram uma evolução dessas atividades que resultaram na redução da violência no Estado”, afirmou Marcílio Barenco.
De janeiro a setembro deste ano, foram instaurados 3.670 inquéritos policiais, sendo 2.221 já concluídos. Os Boletins de Ocorrências (BOs) foram um total de 49.953, sendo 6.075, somente em setembro.
“A política de produtividade vem dando certo e não admitiremos a inércia dentro da Polícia Civil”, afirmou o delegado-geral, que defendeu ainda a necessidade de que as delegacias de polícia não sejam utilizadas como cadeia. “Por conta própria, desativamos parte dos xadrezes dos 8º, 10º e 11º Distritos da Capital, e isso significou um aumento na produtividade dos policiais dessas delegacias, tanto é assim que a incidência de crimes tem diminuído naquelas regiões”, frisou.
Esse mesmo critério de produtividade vem sendo adotado na Corregedoria de Polícia Civil, conforme Marcílio Barenco. Este ano, até setembro, já foram instaurados 394 procedimentos, sendo 294 concluídos e 39 estão em andamento.
Redação/Assessoria PC