Figura emblemática na Feira Guedes de Miranda, na Ponta Grossa, Anivaldo Luiz da Silva, o famoso Lobão (apelido que ganhou graças ao cabelo longo e gosto pela música), está animado com os bons resultados dos dois empreendimentos.
Lobão acabou de lançar o filme mais ousado: “Transando Gostoso na Chã da Jaqueira”. “Os atores não usam máscaras nem óculos escuros como nos filmes anteriores. Estão de cara limpa”, diz Lobão, que aumentou o cachê. O casal-protagonista levou R$ 200.
Segundo ele, as vendas aumentaram e, espertamente, trocou a antiga bicicleta por uma mobilete usada para ampliar a área de atuação. Além das noites na Praça Guedes de Miranda, os seis títulos de filmes eróticos podem ser comprados nas redondezas da Praça Deodoro.
Outra novidade é o banner anunciando os produtos mais atrativos: “Aqui Filme Erótico Alagoano”. O anúncio chama a atenção de pedestres e motoristas. As reações são as mais diversas. Tem gente que olha com espanto; os mais curiosos pedem para ver os filmes; outros apenas riem; e os puritanos de plantão fazem caretas ou o sinal da cruz.
Tribos da cidade
Paralelamente a carreira de produtor, cinegrafista, editor e diretor de filmes eróticos, Lobão investe pesado na outra grande paixão: o rock and roll e suas variações sonoras produzidas por inúmeras bandas de várias partes de Maceió.
Atualmente ele está no comando das tardes de rock, metal, punk, hardcore e outras tendências. As festas acontecem aos domingos no eclético palco do Orákulo, em Jaraguá. A música começa às 16h e conta com seis bandas locais. A única atração constante é a Cheio de Calcinha, fundada por Lobão. O preço é popular. Pagando R$ 5,00 é possível ter acesso a seis horas de música.
De acordo com ele, para fazer parte do seu “cast” de produtor musical, a banda precisa ter uma trajetória consistente e produzir música de qualidade. A maioria das selecionadas adota o estilo cover. No último domingo ele convocou as bandas Pantera, Coal Chamber, Evanescence e Foxy.
A platéia da maratona de shows gira em torno de 300 pessoas. Todas em busca dos diferentes ritmos e formas de interpretações das bandas jovens que não têm espaço nas rádios nem nos palcos mais conhecidos da cidade.
“Temos mais de 100 bandas de vários gêneros no estilo rock e suas variações. Muitas delas com qualidade excelente e trabalho sério. A minha intenção com a produção desses shows é justamente dar visibilidade a esses grupos”.
com tudonahora // roberto amorim