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12/03/2008 00:00:00

Economia


Economia
A população brasileira prefere utilizar dinheiro em espécie tanto como forma de receber salário quanto de pagamento de despesas. É o que indica pesquisa divulgada pelo Banco Central. De acordo com o levantamento, 55% dos brasileiros recebem salário em dinheiro, contra 29% que recebem em conta corrente, poupança ou conta-salário e retira em caixa eletrônico.

A preferência pelo dinheiro em espécie atinge 77% da população quando se trata de pagamentos de contas e compra de produtos. Os cartões de crédito e débito respondem por 11% e 8% dos pagamentos, respectivamente. A pesquisa “O Brasileiro e sua Relação com o Dinheiro”, realizada em 2007, foi encomendada pelo Banco Central ao Datafolha e foi divulgada nesta quarta-feira (12). A margem de erro é de 3 pontos percentuais.

“Há muitas áreas da economia, inclusive informal, onde se faz pagamento em espécie. Tem a pessoa que trabalha em casa, numa loja ou lanchonete, e não deposita em conta corrente. Há uma série de questões de ordem prática que certamente dão ao dinheiro uma preferência nessa questão”, afirmou o chefe do Departamento do Meio Circulante do Banco Central, João Sidney de Figueiredo Filho.

Ele ressaltou ainda que a utilização do dinheiro permite mais privacidade, agilidade, além de estar vinculada a hábitos do brasileiro, como a mesada. "O uso da moeda no país cresce em termos reais nos últimos quatorze anos de estabilidade. Estamos atingindo patamares que se aproximam de patamares europeus e americanos de proporção de dinheiro sobre o Produto Interno Bruto."

 Moedas
A pesquisa indicou também que houve um aumento do valor médio de moedas portado por pessoas e, além disso, as pessoas consideram necessário colocar em circulação moedas de outros valores, como de R$ 2, valor escolhido por 75% dos entrevistados.

“O que mostra que as pessoas não estão avessas a moedas. A moeda entrou na vida do brasileiro, ela é importante para muitos pagamentos, as pessoas fazem questão do seu troco no comércio e também é forma de fazer poupança”, afirmou.

Os dados mostram ainda que, para o comércio, há falta de moedas em circulação. A moeda mais requisitada foi a de R$ 1. Segundo Figueiredo Filho, o Banco Central vai colocar 400 milhões de moedas desse valor em circulação até o final de 2008 para atender a esta demanda verificada na pesquisa. O custo de uma moeda de R$ 1 é de R$ 0,26. Já o de uma nota é, em média, R$ 0,13.
 
NotasOs dados mostram que a população sente falta mais falta da circulação das notas de R$ 5 e R$ 2 respectivamente. Por causa disso, mais notas desses dois valores vão circular a partir deste ano. Por serem de baixo valor, juntamente à nota de R$ 1, essas notas têm uma vida útil de 12 meses em média. Já para a nota de R$ 100, o período aumenta para três anos.

“A vida útil tem a ver com a velocidade de circulação. Quanto mais passa nas mãos das pessoas, mais tende a desgastar”, ressaltou Figueiredo Filho. O valor gasto com substituição de notas e moedas em 2007 foi de R$180 milhões.

 Notas falsas
A campanha realizada pelo Banco Central para incentivar as pessoas a verificar se a cédula é verdadeira deu certo, na opinião do Figueiredo Filho. Segundo a pesquisa, 58% da população se lembra de verificar se a nota é verdadeira e, dentro desse percentual, 66% se lembram de terem visto a propaganda da campanha.
com G1


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