Auditores do Ministério do Trabalho fizeram a rescisão de contrato de cerca de 500 cortadores de cana em Alagoas. Eles trabalhavam em uma usina onde, segundo os fiscais, foram constatadas irregularidades.
Os trabalhadores rurais chegaram à sede da Procuradoria do Trabalho de Alagoas escoltados por viaturas da Polícia Federal. A operação contou com mais de 30 homens da polícia, procuradoria, delegacia e Ministério do Trabalho.
Durante a semana, uma força-tarefa constatou irregularidades nas condições de trabalho e nos alojamentos em oito usinas do estado. “Tivemos que propor a algumas empresas a rescisão do contrato de alguns trabalhadores que estavam em situação degradante. Situação degradante significa trabalho na escravidão. Esta aqui de hoje, não acatou nossa proposta e com base na CLT e na lei de seguro-desemprego, nós somos obrigados a fazer a rescisão de contrato”, afirma Dercides Silva, auditor do Ministério do Trabalho.
Os trabalhadores fizeram cadastro para receber o seguro-desemprego e a rescisão de contrato de trabalho. “Estes que estão aqui agora serão devolvidos aos seus domicílios. A União antecipa o pagamento das despesas, depois todas estas despesas vão para processo para receber da usina porque ela deu causa a tudo isso”, diz o auditor.
As outras empresas autuadas durante a blitz do Ministério Público do Trabalho nas usinas de cana receberam um prazo para regularizar a situação dos trabalhadores.
por G1