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Oito trabalhadores rurais ligados ao Movimento dos Sem Terra (MST) foram feridos na manhã desta quarta-feira, 27, durante a invasão à Fazenda Lagoa Comprida, localizada no município de Piranhas, a 280 quilômetros de Maceió.

A propriedade está sendo negociada com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para fins de reforma agrária. De acordo com o ouvidor Marcos Bezerra, o processo está bastante adiantado. No ano passado, os trabalhadores rurais ocuparam a propriedade e foram convencidos, após negociação com representantes do órgão em Alagoas, a deixar a área, instalando um acampamento na região, denominado José Faustino.

No começo da manhã de hoje, cerca de 40 famílias tentaram reocupar a propriedade e teriam sido recebidos à bala por 12 jagunços, todos a serviço do fazendeiro Jorge Fortes, que foi preso pela Polícia Civil e encaminhado para a delegacia local.

Dos oito trabalhadores rurais feridos durante o conflito, um deles foi encaminhado em estado grave para a Unidade do Agreste. As identidades dos trabalhadores ainda não foram identificadas. Policiais militares e civis estiveram no local e contiveram o conflito.

O ouvidor agrário Marcos Bezerra informou, ainda, que o Incra entrará em contato com as autoridades oficiais, além de informar o fato á Ouvidoria Agrária Nacional, além de dar prosseguimento ao processo de desapropriação da área.

Segundo dados do “Cadernos de conflitos” de 2007, da Comissão Pastoral da Terra (CPT), o Estado de Alagoas é o primeiro, na região Nordeste, com 22 casos registrados de agressões físicas em conflitos agrários e o quinto no país.

com alagoas24horas.com.br // claudia galvão