Mudanças no Mercado de Azeites no Brasil: 22 Marcas Suspensas em 2025 por Irregularidades

As inspeções realizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) junto ao Ministério da Agricultura intensificaram a fiscalização do setor de azeites no país durante 2025. Até o mês de outubro, um total de 22 marcas foram interditadas ou tiveram seus lotes suspensos por ações conjuntas das duas instituições. Essas intervenções visam combater fraudes, irregularidades fiscais e possíveis riscos à saúde pública.

Na lista das marcas interditadas, destaca-se o azeite Ouro Negro, que foi confiscado na segunda-feira (20). O produto foi desqualificado pelo Ministério da Agricultura e posteriormente apreendido pela Anvisa. Segundo o governo federal, a origem do azeite não foi identificada e a distribuidora responsável pela importação, Intralogística Distribuidora Concept Ltda, encontra-se com o CNPJ suspenso na Receita Federal.

Situações cadastrais como essa figuram entre os principais motivos que levam à proibição de certos produtos. Além das questões de documentação, testes laboratoriais revelaram adulterações, falsificações e até mesmo a mistura de óleos vegetais que estão sendo comercializados como azeite de oliva. O Ministério da Agricultura alertou que, em alguns casos, o consumo desses azeites representa risco à saúde dos consumidores. Desde o início do ano passado, mais de 70 proibições envolvendo marcas e lotes de azeites foram registradas.

As autoridades mantêm listas públicas atualizadas com os produtos vetados, incluindo marcas que aparecem em ambas as listas, da Anvisa e do Mapa. Entre as empresas cuja comercialização foi suspensa em 2025, estão: Azapa, Doma, Alonso, Quintas D’Oliveira, Almazara, Escarpas das Oliveiras, La Ventosa, Grego Santorini, San Martín, Castelo de Viana, Terrasa, Casa do Azeite, Terra de Olivos, Alcobaça, Villa Glória, Santa Lúcia, Campo Ourique, Málaga, Serrano, Vale dos Vinhedos, Los Nobles e Ouro Negro.

Os principais motivos que levaram às interdições englobam: - Importação ou distribuição por empresas com CNPJ inativo - Adulteração ou falsificação dos produtos - Incorporação de óleos vegetais na composição - Irregularidades sanitárias nas fábricas - Rotulagem incorreta - Falta de licenciamento sanitário - Origem ou composição duvidosa