No Brasil, o câncer de cólon e reto ocupa a segunda posição entre os tipos mais comuns em mulheres e o terceiro entre os homens, com aproximadamente 45 mil novos casos detectados a cada ano, de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Segundo o especialista Jack Ogden, em entrevista ao Daily Mail, diversos sintomas que frequentemente passam despercebidos podem indicar o risco da doença.
A identificação precoce é essencial para iniciar o tratamento de forma rápida e evitar a disseminação do câncer. Entre os sinais que merecem atenção, destacam-se alterações silenciosas que podem indicar problemas no intestino.
O primeiro deles é a anemia por deficiência de ferro, que pode provocar cansaço constante, palidez, palpitações, dores de cabeça ou falta de ar, mesmo sem sinais visíveis de sangramento.
Outra indicação importante são mudanças súbitas nos hábitos intestinais, como episódios recorrentes de diarreia, prisão de ventre ou fezes mais finas, mesmo que temporariamente. Tais alterações podem ser indicativos de crescimento anormal no cólon ou reto.
Perda de peso sem motivo aparente também é um sinal de alerta, especialmente se ocorrer de forma rápida ou gradual, sem mudanças na alimentação ou aumento na atividade física. Este sintoma pode estar ligado ao avanço do câncer, devido ao maior consumo de energia do organismo na luta contra a doença e às alterações no metabolismo.
Além disso, o desconforto abdominal persistente, incluindo inchaço, cólicas e dores frequentes, pode indicar a presença de obstruções ou inflamações relacionadas ao câncer colorretal, sintomas muitas vezes confundidos com problemas digestivos comuns.
Outro sinal que não deve ser ignorado é a presença de sangue nas fezes. O sangue pode aparecer com coloração vermelha viva, típico de hemorroidas, ou com tonalidade escura, indicando origem em regiões mais altas do intestino.
Em muitos casos, essa manifestação só é confirmada por exames laboratoriais. De acordo com o INCA, quanto mais cedo o câncer for descoberto, maior a taxa de sobrevivência.
No estágio inicial, aproximadamente 90% dos pacientes têm chances de sobreviver por mais de cinco anos após o tratamento. Assim, consultas regulares e procedimentos como a colonoscopia são essenciais para detectar a doença precocemente e salvar vidas.