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Mundo
20/02/2025 23:00:00

Rússia mobiliza mísseis balísticos nucleares em exercícios militares na Sibéria

Rússia mobiliza mísseis balísticos nucleares em exercícios militares na Sibéria

A Rússia intensificou suas manobras militares nesta quinta-feira (20), mobilizando lançadores autônomos do míssil intercontinental RS-24 Yars, capaz de transportar ogivas nucleares. Os exercícios, realizados na vasta região da Sibéria, foram confirmados pelo Ministério da Defesa russo em seu canal oficial no Telegram, e repercutiram na mídia internacional.

A mobilização ocorre em um momento de alta tensão geopolítica, com a guerra na Ucrânia como pano de fundo. O míssil Yars, com alcance estimado entre 11 mil e 12 mil quilômetros, representa um dos pilares do arsenal nuclear estratégico russo. Cada míssil pode carregar até quatro ogivas nucleares, com poder destrutivo de 500 quilotons cada.

Durante os exercícios, os lançadores percorreram distâncias de até 100 quilômetros em áreas remotas da Sibéria, onde as equipes praticaram técnicas de camuflagem e movimentação para evitar a detecção por satélites inimigos. O Ministério da Defesa russo informou que simulações de dispersão e troca de posições também foram realizadas, visando dificultar ataques preventivos contra as forças nucleares do país.

Essa não é a primeira vez que a Rússia realiza exercícios com o míssil Yars. Em anos anteriores, o armamento foi posicionado em silos na base de Kozelsk e participou de manobras semelhantes, sempre com o objetivo de demonstrar a capacidade de dissuasão nuclear russa.

A mobilização dos mísseis ocorre em um momento delicado, logo após uma nova rodada de negociações diplomáticas entre Rússia e Estados Unidos sobre a guerra na Ucrânia. A decisão do Kremlin de realizar manobras com armamento nuclear pode impactar negativamente os esforços para uma solução pacífica do conflito.

Até o momento, o governo ucraniano não se pronunciou sobre os exercícios russos. A situação é especialmente sensível para a Ucrânia, que em 1994 renunciou ao seu arsenal nuclear em troca de garantias de segurança dos Estados Unidos, Reino Unido e Rússia, conforme o Memorando de Budapeste.



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