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A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) emitiu um alerta epidemiológico sobre o aumento do risco de surtos de dengue nas Américas, impulsionado pela crescente circulação do sorotipo Denv-3 em vários países da região.
O Brasil, com 87% das ocorrências, lidera o número de casos de dengue em 2025, seguido pela Colômbia e outros países da América Central e do Caribe. A situação é preocupante, pois o Denv-3 tem sido associado a formas mais graves da doença, inclusive em crianças.
O sorotipo Denv-3, que não era predominante em algumas regiões, ressurgiu e se espalhou por diversos países, incluindo Argentina, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, México e Peru. Sua reintrodução aumenta a vulnerabilidade da população, já que a imunidade contra um sorotipo não garante proteção contra os demais.
Em 2024, as Américas registraram mais de 13 milhões de casos de dengue, com 22.684 casos graves e 8.186 mortes. Nas primeiras semanas de 2025, foram notificados 238.659 casos, com 263 graves e 23 óbitos.
Diante desse cenário, a Opas recomenda que os países intensifiquem as medidas de controle de vetores, como a eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, e fortaleçam a capacidade de diagnóstico e tratamento nos sistemas de saúde.
A vacinação contra a dengue, embora seja uma ferramenta importante, requer atenção especial no caso do Denv-3. Estudos indicam que a vacina TAK-003 pode ter menor eficácia contra esse sorotipo, especialmente em crianças sem histórico de infecção.
A Opas também destaca a importância de campanhas de educação pública para conscientizar a população sobre a prevenção da dengue e a necessidade de procurar atendimento médico em caso de suspeita da doença.
É fundamental que os sistemas de saúde estejam preparados para lidar com um possível aumento de casos e garantir o acesso a tratamento adequado para evitar complicações graves. A Opas segue monitorando a situação e apoia os países na implementação de medidas eficazes de controle e resposta à dengue.
