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Deise Moura dos Anjos, detenta da Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre, foi encontrada morta na manhã desta quinta-feira (13). Segundo o delegado Fernando Sodré, chefe da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, a suspeita teria tirado a própria vida. Deise estava presa sob a acusação de envenenar três pessoas com um bolo contaminado com arsênio, em Torres, no Litoral Norte do estado. Ela também era investigada pela morte de seu sogro, ocorrida em setembro de 2024.
O episódio aconteceu durante um café da tarde, poucos dias antes do Natal, quando sete pessoas da mesma família começaram a passar mal após consumir o bolo preparado por Zeli dos Anjos em Arroio do Sal e levado para a cidade de Torres. Três mulheres morreram em poucas horas: Tatiana Denize Silva dos Anjos e Maida Berenice Flores da Silva, ambas vítimas de parada cardiorrespiratória, e Neuza Denize Silva dos Anjos, cuja causa da morte foi "choque pós-intoxicação alimentar".
Zeli dos Anjos, sogra da suspeita, também foi hospitalizada, mas sobreviveu e recebeu alta em janeiro. Segundo a polícia, ela foi a única que comeu duas fatias do bolo. Uma criança de 10 anos também chegou a ser internada, mas já está recuperada.
De acordo com o delegado Marcus Veloso, Zeli era o principal alvo de Deise nos envenenamentos. Ele afirmou que a suspeita já havia tentado intoxicar a sogra em outra ocasião, no início de setembro, quando ofereceu café com leite contaminado.
Após a revelação do caso do bolo, a polícia começou a investigar a morte de Paulo Luiz dos Anjos, marido de Zeli, que faleceu em setembro de 2024, supostamente por intoxicação alimentar. O corpo dele foi exumado, e exames confirmaram a presença de arsênio. A causa da morte foi atribuída a uma infecção intestinal provocada pela ingestão de bananas e leite em pó levados à casa pela nora, Deise.
As autoridades continuam investigando as circunstâncias da morte de Deise dentro da penitenciária.
