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Acidente
13/02/2025 14:00:00

Impacto no Mercado de Trabalho e Consumo Interno Agrava Desaquecimento da Economia Chinesa

Impacto no Mercado de Trabalho e Consumo Interno Agrava Desaquecimento da Economia Chinesa

O impacto da crise no setor imobiliário chinês está sendo sentido também no mercado de trabalho e no consumo interno, agravando o desaquecimento da economia. “As medidas do governo são encorajadoras, mas insuficientes e lentas demais”, afirmou Zhu Ning, pesquisador da Universidade de Yale. “O que preocupa é que as expectativas continuam pessimistas.”

**Medidas do Governo Não Revertem Tendência de Queda**
Embora o Partido Comunista Chinês (PCC) tenha prometido em setembro estabilizar o setor, iniciativas como cortes nas taxas de juros e flexibilização de regras para aquisição de imóveis não conseguiram reverter a tendência de queda. O preço médio das residências caiu cerca de 30% em relação ao pico de 2021, e a participação do setor imobiliário no PIB (produto interno bruto) diminuiu de 24% para 19%.

**Intervenção na Vanke e Desafios Financeiros**
A intervenção na Vanke, uma das maiores incorporadoras do país, inclui um empréstimo de até 2,8 bilhões de yuans (R$ 2,2 bilhões) da Shenzhen Metro Group, maior acionista da empresa. Essa medida marca a primeira vez que o Estado assume controle direto de uma empresa do setor. No entanto, mesmo com esse apoio, a Vanke enfrenta o desafio de reduzir uma dívida de 100 bilhões de yuans (R$ 78,9 bilhões) até 2025.

**Risco de Falências e Desconfiança no Setor**
A desconfiança se espalha para outras empresas estatais do ramo imobiliário, como a Poly Developments e a China Overseas Land & Investment, aumentando o temor de que novas falências estejam a caminho. “Se a Vanke colapsar, todos vão questionar a política de estabilização do mercado imobiliário definida por Beijing”, alertou Xu Liqiang, da Shanghai Silver Leaf Investment.

**Ciclo Vicioso de Crise no Setor Imobiliário**
O ciclo vicioso de queda nas vendas, restrição de crédito e aumento da inadimplência está longe de ser superado. O apoio financeiro do governo, embora significativo, não tem sido suficiente para restaurar a confiança dos compradores de imóveis e investidores.

**Desafios para a Economia Chinesa**
Com uma previsão de crescimento econômico de 4,5% para este ano, o menor nível em décadas, a China enfrenta o desafio de conciliar a necessidade de reformas estruturais com medidas urgentes para evitar um colapso ainda maior no setor imobiliário. A situação exige ações mais robustas e eficazes para restaurar a confiança e estabilizar a economia.

 



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