Cessar-fogo no Oriente Médio: Reféns israelenses podem ser libertados se acordo for mantido, afirma Hamas

O Hamas e Israel seguem em um impasse sobre a libertação dos reféns israelenses mantidos em Gaza. O grupo palestino condiciona a soltura ao cumprimento do frágil cessar-fogo, enquanto acusa Israel de descumprir os termos ao manter ataques na Faixa de Gaza.

A tensão aumentou com declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que ameaçou “deixar o inferno explodir” caso os reféns não sejam libertados até o meio-dia de sábado (15). Trump também sugeriu o cancelamento do cessar-fogo caso a exigência não seja atendida.

Desde o início da trégua em 19 de janeiro, o Hamas iniciou a libertação gradual de reféns, mas suspendeu o processo alegando novas ofensivas israelenses. Em resposta, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reforçou que o país continuará agindo para recuperar todos os reféns, vivos ou mortos.

A postura de Trump no conflito tem gerado polêmicas entre palestinos e líderes árabes, especialmente após a sugestão de que Gaza seja reconstruída sob controle americano. Essa proposta levanta preocupações sobre a soberania do território palestino e tem sido criticada por diversos setores da comunidade internacional.

O rei Abdullah, da Jordânia, se reunirá com Trump para discutir a crise, mas o encontro promete ser tenso diante das divergências sobre o futuro da Faixa de Gaza. A possibilidade de deslocamento da população palestina sugerida por Trump também levanta preocupações humanitárias e jurídicas.

A escalada de tensões entre Israel e Hamas preocupa a comunidade internacional, que acompanha com apreensão os desdobramentos do conflito e a busca por uma solução pacífica e sustentável para a crise na região.