06/10/2025 08:17:03

Saúde
11/02/2025 09:00:00

Organização Pan-Americana da Saúde Pede que América Latina e Caribe Priorizem o Tratamento do Câncer

Organização Pan-Americana da Saúde Pede que América Latina e Caribe Priorizem o Tratamento do Câncer

A Organização Pan-Americana da Saúde alertou que os governos da América Latina e do Caribe devem colocar o tratamento do câncer como uma prioridade. O diretor da Opas, Jarbas Barbosa, destacou a importância do acesso a medicamentos, suprimentos e equipamentos médicos para melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

Todos os anos, quatro milhões de pessoas nas Américas recebem um diagnóstico de câncer, e a doença continua sendo uma das principais causas de morte na região, com 1,4 milhão de óbitos anuais. Embora tenha havido avanços, persistem desafios como os altos custos, sistemas ineficientes de compra de medicamentos e redes limitadas de distribuição.

A Opas também chamou a atenção para as desigualdades no tratamento do câncer infantil. Cerca de 30 mil crianças e adolescentes serão diagnosticados com a doença na região este ano, e um terço delas não sobreviverá. Nos países de alta renda, a taxa de sobrevivência infantil supera 80%, enquanto em nações de baixa e média renda, esse índice cai para aproximadamente 20%, principalmente devido à dificuldade de acesso a medicamentos de qualidade.

Para enfrentar esses desafios, a Opas estabeleceu parcerias para fortalecer as estratégias de combate ao câncer nos países da região. Um exemplo foi o acordo firmado no ano passado com o Hospital St. Jude, especializado em oncologia infantil. Além disso, a organização mantém um fundo para ampliar o acesso a medicamentos contra a doença.

O câncer do colo do útero continua sendo um problema crítico, causando cerca de 40 mil mortes anuais nas Américas. Para reduzir esse número, a Opas reforçou a necessidade de exames preventivos e da vacinação contra o HPV. O objetivo é garantir 90% de cobertura vacinal em meninas de 15 anos, 70% de testes de alta precisão em mulheres entre 35 e 45 anos e assegurar que 90% dos casos de lesões pré-cancerígenas e câncer invasivo recebam o tratamento adequado.

Dos 51 países e territórios da região, 48 já introduziram a vacina contra o HPV, demonstrando progresso na prevenção do câncer do colo do útero. No entanto, a Opas reforça que ainda há muito a ser feito para garantir que o tratamento da doença seja acessível a todos.