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Acidente
10/02/2025 17:00:00

Casos suspeitos de mordida por aranha-marrom em Alagoas preocupam especialistas

Casos suspeitos de mordida por aranha-marrom em Alagoas preocupam especialistas

Cinco casos suspeitos de mordida por aranha-marrom foram registrados em Alagoas nos últimos seis meses, resultando em duas mortes e três pacientes que receberam alta. As ocorrências, embora ainda não confirmadas por análise taxonômica, acendem um alerta para a presença da espécie no estado e a necessidade de medidas preventivas.

Segundo o Centro de Informação Estratégica em Vigilância em Saúde (Cievs), da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), quatro das vítimas eram homens e uma era mulher, com idades entre 40 e 80 anos. Dois pacientes foram atendidos em hospitais públicos e três em unidades particulares. Entre os casos mais graves, duas vítimas foram encaminhadas para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com quadro de sepse, uma infecção generalizada.

A enfermeira Waldinéa Silva, gerente de Vigilância e Controle de Doenças Transmissíveis da Sesau, destacou a importância da prevenção, já que ainda não há confirmação da presença da aranha-marrom no estado. “Algumas aranhas são classificadas como animais peçonhentos porque produzem veneno. Aqui em Alagoas, ainda não temos a confirmação da presença da aranha-marrom, mas alguns acidentes graves com relatos de mordidas de aranha têm ocorrido. Por isso, solicitamos que as pessoas mantenham jardins e quintais limpos, sem acúmulo de lixo, evitem folhagens densas junto a paredes e muros das casas, não coloquem as mãos em buracos, pedras e troncos desgastados, entre outras medidas de prevenção”, afirmou.

Diante do alerta, a Sesau recomenda que todas as vítimas de mordidas de aracnídeos sejam tratadas com soro antiaracnídico, independentemente da confirmação da espécie responsável pelo acidente. O estado conta com 14 unidades equipadas com o soro, distribuídas nas 10 regiões de saúde.

Em Maceió, há três pontos de referência para o atendimento de vítimas de picadas de animais peçonhentos: o Hospital Escola Dr. Helvio Auto (HEHA), no Trapiche, e as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do Jacintinho e do Tabuleiro do Martins.

As aranhas do gênero Loxosceles não são agressivas e costumam picar apenas quando comprimidas contra o corpo. Medindo cerca de 3 cm de comprimento, esses aracnídeos têm hábitos noturnos, constroem teias irregulares e costumam se esconder em telhas, tijolos, madeira, atrás ou embaixo de móveis, quadros, rodapés, caixas e objetos guardados em locais escuros e pouco movimentados.