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A morte de um jovem brasileiro encontrado carbonizado em uma praia da região metropolitana de Lisboa pode estar relacionada à presença de traficantes do Comando Vermelho em Portugal. A expansão do crime organizado brasileiro no país europeu tem sido motivo de preocupação para as autoridades dos dois países, incluindo o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, que destacou a gravidade da situação durante uma visita à capital portuguesa no ano passado.
As autoridades portuguesas identificaram que o corpo encontrado dentro de um cesto de lixo pertence a Thúlio Fernando Santos, de vinte anos. A suspeita é de que ele tenha sido assassinado a mando de integrantes do Comando Vermelho. Um crime semelhante ocorreu na última quinta-feira, quando um português de quarenta anos também foi morto em circunstâncias que levantam suspeitas de envolvimento com facções criminosas.
A desembargadora do Tribunal de Justiça de São Paulo, Ivana David, comparou o caso aos métodos utilizados por facções criminosas no Brasil. Segundo ela, o fato de os corpos serem carbonizados reforça a semelhança com crimes cometidos por essas organizações no território brasileiro.
Investigações da polícia portuguesa indicam que traficantes brasileiros estabeleceram esquemas de lavagem de dinheiro no país, utilizando empresas de fachada e criptomoedas para movimentar recursos ilícitos. Além disso, há indícios de que esses grupos estão assumindo o controle de estabelecimentos comerciais, como salões de beleza e restaurantes, para encobrir suas atividades.
Diante desse cenário, as polícias do Brasil e de Portugal intensificaram a cooperação internacional para combater o tráfico de drogas e a atuação do crime organizado no país europeu. As investigações seguem em andamento para esclarecer os crimes e identificar os responsáveis.
