A primavera começou oficialmente nesta segunda-feira (22), trazendo dias mais longos, clima ameno e flores por toda parte. Mas a estação também representa desafios à saúde, especialmente para quem sofre com alergias respiratórias. Mudanças de temperatura, maior presença de pólen no ar e alterações na rotina podem impactar o bem-estar.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, cerca de 35% da população mundial apresenta algum tipo de alergia, número que tende a crescer. A fisioterapeuta Ana Cristina Tavares Silveira Santos, especialista em fisioterapia respiratória, explica que diversas plantas, como gramíneas, árvores e flores, liberam pólen nesta época, aumentando a concentração de partículas alergênicas. Com o clima mais quente e seco, a umidade relativa do ar diminui e a irritação das vias aéreas se intensifica.
Segundo a especialista, a combinação de pólen e ar seco favorece crises de rinite alérgica, asma e bronquite, pois provoca inflamação e hiperresponsividade brônquica. Os sintomas incluem espirros, tosse, chiado, falta de ar, congestão nasal, coceira e olhos vermelhos. Para reduzir riscos, recomenda-se evitar ambientes externos em dias secos e com vento, trocar de roupa e lavar o rosto ao chegar da rua, usar óculos escuros e máscaras em locais de alta polinização e realizar a higiene nasal com solução salina. Outra dica é manter as janelas fechadas durante o dia, ventilando os ambientes no início da manhã ou à noite. Atividades físicas são bem-vindas, desde que praticadas em horários de menor polinização, preferencialmente após chuvas, sempre com atenção especial a crianças e idosos.
Exercícios respiratórios ajudam a aliviar sintomas e prevenir crises
Ana Cristina destaca que o acompanhamento fisioterapêutico é essencial para controlar sintomas e melhorar a qualidade de vida. Ela ressalta que técnicas como o uso do laser podem acelerar a resposta de defesa do organismo em processos inflamatórios. Além disso, exercícios respiratórios simples podem ajudar no dia a dia. Entre eles estão a respiração diafragmática, que amplia a ventilação pulmonar e promove relaxamento, e a respiração com frenagem labial, que mantém as vias aéreas abertas por mais tempo, aliviando a falta de ar.
Boa alimentação e hidratação fortalecem o organismo
A nutricionista Marcella Tamiozzo, professora do curso de Nutrição da Estácio, reforça a importância da alimentação equilibrada e da hidratação. Com temperaturas mais altas, a ingestão de água é fundamental para o funcionamento do corpo e para manter as vias respiratórias hidratadas. Entre os nutrientes que contribuem para a imunidade e podem reduzir crises alérgicas estão a vitamina C (presente em frutas cítricas e vermelhas), a vitamina A (encontrada em cenoura, manga e abóbora), o zinco (em sementes, castanhas e leguminosas), o ômega-3 (em peixes e oleaginosas) e os probióticos (como iogurte, kefir e kombucha), que fortalecem a saúde intestinal e o sistema imunológico.
Com cuidados simples envolvendo prevenção, respiração adequada, exercícios e nutrição, é possível aproveitar a primavera de forma saudável e com mais disposição.
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