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erick maia
Faltando pouco mais de quatro meses para as eleições, ainda há muitas dúvidas sobre o cenário político local, o que impede que os pré-candidatos ao Poder Executivo estadual sejam confirmados na disputa, mesmo eles sendo apontados por articulistas ou os próprios dêem pistas para isso.
Até o fechamento desta matéria pelo menos sete nomes estavam sendo ventilados como pré-candidatos ao governo do Estado, num xadrez que as peças se movem a cada semana.
O bloco de aliados do Palácio República dos Palmares aparece com cinco desses nomes. O vice-governador José Thomaz Nonô (DEM), o senador Benedito de Lira (PP), o deputado federal Alexandre Toledo (PSB) e os ex-secretários tucanos Marcos Fireman, que como os demais anunciou sua candidatura ao executivo; e Luiz Otávio Gomes, que prefere fazer mistério sobre o convite que foi feito a ele, que motivou seu desligamento da Secretaria Estadual de Planejamento.
Mas, nos bastidores, cogita-se que o "segredo" quardado por "LOG" seria uma candidatua a vice numa chapa com Benedito de Lira.
Tendo candidatura anunciada pelo seu partido, o Democratas, o vice-governador José Thomaz Nonô confirmou sua candidatura. “Ninguém é candidato de mentira”, respondeu o vice-governador, questionado se era verdade a sua intenção de passar de vice a titular no Palácio. Mas experiente que é, Nonô sabe que uma candidatura desta monta não é tão simples que atenda a vontade de uma única pessoa.
“Ainda há muita coisa para acontecer. Sou candidato, posso fazer alianças e quem sabe até o governo poderá entender que duas candidatura sejam importantes, mesmo sem que haja racha”, avalia Nonô.
Quem concorda com ele é o deputado federal Alexandre Toledo. Recém filiado ao PSB, que aposta em candidaturas locais para viabilizar a candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, também acredita que o bloco possa ter mais de duas candidaturas.
“Eu sou candidato ao governo do Estado. Nosso bloco está muito coeso e é liderado pelo governador [Teotônio Vilela Filho], mas é possível que ele entenda pelas duas candidaturas, o que é possível”, explicou Toledo.
Mesmo que parte do bloco governista aponte para a coesão, há quem não esteja muito satisfeito com o posicionamento do governador, ou a falta dele. Nesse caso está o senador Benedito de Lira, que tem trabalhado mesmo sem a ‘benção’ de Teotonio.
“O governador tem um tempo próprio para resolver as coisas, mas eu sou candidato ao governo do Estado e tenho trabalhado para viabilizar minha candidatura”, alerta Lira.
Outro que mesmo sem a definição do governador, ou ainda do partido já que não é um dos caciques, vem trabalhando como se fosse candidato ao Executivo estadual, é o ex-secretário de Infraestrutura, Marcos Fireman. A todo momento ele afirma que é candidato e age como tal. “Sou o candidato do PSDB”, intitula-se.
No bloco governista o único que não lançou sua candidatura foi Luiz Otávio Gomes, ex-secretário de planejamento. Ele afirma que foi convidado pelo próprio Téo a deixar o cargo para assumir outra missão, mas ainda não revelou a que, mesmo sendo cogitado nos bastidores da política alagoana como um dos tucanos viáveis ao executivo. Mas nos bastidores, o nome de Fireman é apontado como um possível vice na chapa tucana.
Quem tem o mesmo posicionamento de Luiz Otávio é o líder do bloco oposicionista, o presidente do senado Renan Calheiros (PMDB). Mesmo sendo apontado como nome certo na disputa, Calheiros só confirmou que o PMDB participará da eleição como cabeça de chapa, mesmo desviando a atenção sobre quem será o candidato. O bloco da oposição conta com nomes que já ocuparam o cargo, como o senador Fernando Collor de Mello (PTB) e Ronaldo Lessa (PDT), que esperam um posicionamento do PMDB.
“Nós teremos alguém que será o candidato, mas o partido tem ótimos nomes para isso, como o ex-governador José Wanderley Neto, o ex-prefeito Luciano Barbosa e deputado federal Renan Filho, o mais votado da história em Alagoas. Nós, com certeza, não ficaremos de fora da disputa”, advertiu Calheiros.
Ainda assim, no PMDB, os discursos são solidários à candidatura do senador. “O nosso candidato ao governo é o senador Renan Calheiros, ele é o nome mais indicado e mais capaz para governar o estado”, isso é o que diz o deputado federal Renan Filho, em uníssono com José Wanderley e com Luciano Barbosa.
Entretanto, parece que dos sete nomes na corrida para governador, apenas um é apontado como candidatura concreta, o do deputado federal Renan Filho. E ele próprio já deu indícios de que está ponto para uma briga como essa.
“Eu estou pronto para qualquer coisa. Eu já fui prefeito de Murici, por duas vezes, então eu tenho uma experiência administrativa. Estou pronto para uma disputa dessas como qualquer outro candidato que venha a aparecer”, concluiu Renan Filho.