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Justiça
19/02/2014 07:59:48

Acusado de matar e enterrar o pai no quintal é condenado a 16 anos de prisão

Acusado de matar e enterrar o pai no quintal é condenado a 16 anos de prisão
Jakcson matou o próprio pai e enterrou o corpo

gazetaweb //

 

O júri popular condenou, por maioria de votos, o jovem Jackson Willams Felix Gomes da Silva a 16 anos de prisão por assassinar o pai, Antônio Jorge Gomes da Silva, e enterrar o corpo no quintal de casa em março de 2011. A pena foi aplicada pelo magistrado Geraldo Cavalcante Amorim, titular da 9ª Vara Criminal da Capital, que conduziu o julgamento na última segunda-feira (17).

“A conduta do réu se demonstrou altamente reprovável, em vista de seu modo consciente e agressivo de agir, bem como conhecia ilicitude de sua conduta ao desferir golpes de marreta na vítima”, destacou o magistrado. De acordo com o processo, a vítima foi assassinada no quarto. Foram encontrados na residência onde ocorreu o crime uma marreta enrolada em um pano e um colchão com grande quantidade de sangue.

Quanto ao motivo do delito, o juiz Geraldo Amorim explicou que foi constatado durante as investigações que a vítima era bastante severa e rigorosa com o jovem. “Esta circunstância deve ser favorável ao réu para se evitar o bis in idem , em face do acolhimento do privilegiado que tornou prejudicado a qualificadora do motivo fútil”, esclareceu.

O crime

Antônio Jorge estava desaparecido há 11 dias quando foi encontrado o seu corpo enterrado no quintal da casa em que vivia com o filho. De acordo com o processo, o filho agia como se nada tivesse acontecido, realizando, inclusive, festas em sua residência, o que não era aprovado pelo seu genitor.

Quanto ao sumiço do pai, Jackson Willams alegava que a vítima estaria viajando e que tinha esquecido o celular em casa, impossibilitando a comunicação entre eles. No dia 23 de março, o réu confessou o crime alegando que assassinou o pai após uma briga e que enterrara o corpo.

Algumas testemunhas ouvidas durante a instrução criminal relataram maus tratos praticados pela vítima contra o réu. A defesa havia alegado que Jackson Willams agiu em legítima defesa.