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O promotor Flávio Costa deve receber nesta quinta-feira (13), na sede da 61ª Promotoria de Justiça da capital, no Barro Duro, uma travesti que acusa um motel localizado no bairro de Santa Amélia, em Maceió, de ter proibido a entrada dela e do namorado no local, na madrugada do último domingo.
Cindy Belluci conta que chegou ao local de carro e, quando a funcionária do motel percebeu que se tratava de um homem e uma travesti, informou que o estabelecimento não iria permitir a entrada dos clientes. Eles estavam comemorando o aniversário de Cindy.
A funcionária, segundo conta a travesti, se desculpou pelo constrangimento ao casal, mas disse que recebera ordens para proibir a entrada de dois homens no local. Ela não deu justificativas para a medida tomada pela empresa.
Cindy conta que se alterou e discutiu com a funcionária, alegando que a atitude era homofóbica, mas, mesmo assim, não conseguiu entrar.
Diante do fato, a travesti prestou queixa no 5º Distrito Policial de Maceió, no conjunto Salvador Lyra, e amanhã entregará ao promotor de Justiça cópia do boletim de ocorrência, onde ela acusou o motel de crime de constrangimento ilegal e preconceito.
“Nunca vivenciei situação parecida. Estou indignada. Quero uma punição para essa empresa e espero não passar novamente pelo constrangimento que passei”, reivindica.
O único caso parecido de que Cindy já tomou conhecimento, vitimou uma amiga dela, que atualmente processa o Restaurante Popular da Prefeitura de Maceió, onde teria sido proibida de usar o banheiro feminino.
De acordo com o promotor Flávio Costa, a vítima também entregará a ele um CD contendo um áudio, onde a prática do suposto preconceito estaria sendo configurada. Diante do depoimento de Cindy, o promotor já informou que expedirá ofícios à Superintendência Municipal de Controle do Convívio Urbano e ao Procon em Alagoas para que tais órgãos fiscalizem o motel e detectem se o estabelecimento está desrespeitando a liberdade sexual dos clientes.