Sinteal não descarta possibilidade de greve no Estado

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Insatisfações com a gestão estadual aumentam a possibilidade de greve na rede de ensino. A presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Estado de Alagoas (Sinteal), Célia Capistrano, informou que duas assembleias estão marcadas para acontecer na próxima semana, quando a categoria tomará decisões acerca da atual situação dos professores, inclusive os lotados da Secretaria Municipal de Educação (Semed) de Maceió.

Na última terça-feira, quando o pleno do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL) decidiu adiar o julgamento de antigo processo sobre greve ilegal, representantes do Sinteal estavam reunidos com o governador de Alagoas, Teotônio Vilela Filho (PSDB), para tratar sobre as pendências. “Os professores do Estado querem a implantação da atualização do Plano de Cargos, Carreira e Salário (PCCS), rateio das sobras dos recursos adquiridos pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização aos Profissionais da Educação (Fundeb) e a dedicação de 1/3 do tempo de serviço ao planejamento das aulas”, pontuou.

Segundo Capistrano, o governador pediu tempo para estudar as reivindicações da categoria e uma posição será dada em nova audiência agendada para o próximo dia 17. “Nesta terça-feira, às 9h, nós faremos uma assembleia para expor a categoria todos os detalhes conversados durante o encontro e decidir futuras movimentações”.

Outro diálogo sobre a valorização salarial profissional foi aberto com a Prefeitura de Maceió, através da Secretaria Municipal de Administração, Recursos Humanos e Patrimônio (Semarhp). “A Prefeitura aplicou o percentual de 7% de reajuste salarial para todas as categorias, incluindo, de maneira equivocada, a educação, pois o negociado foi 8,32%. O secretário Carlos Júnior Spegiorin disse que a diferença de 1,32% será acrescentada após abertura de processo, que será enviado à Câmara Municipal. Estamos aguardando o desfecho disso”, explicou a sindicalista.

Com os professores municipais de Maceió, uma assembleia acontecerá na próxima quinta. Sobre a notícia de que o rateio do Fundeb será repassado até quarta-feira, Célia apenas reclamou a demora. “Terça-feira falaremos também sobre isso na assembleia e nossos advogados estarão acompanhando o processo que poderá ser julgado no mesmo dia no Tribunal de Justiça”, falou. “Caso o Estado não responda satisfatoriamente, nós poderemos, sim, futuramente entrar em greve”, adiantou.