Sete horas após incêndio criminoso na 'Serra dos Frios', natureza dá a resposta e porporciona chuva em União dos Palmares

Poucas horas após um incêndio provavelmente de origem criminosa haver devastado parte da vegetação rasteira e algumas arvores na Fazenda ‘Camaratuba’ no sopé da ‘Serra dos Frios’ (próximo a um laticínio pernambuco instalado na zona rural de União dos Palmares), a natureza ofereceu um espetáculo a parte no inicio desta segunda feira (27) mostrando o elevado nublado e proporcionando chuva em boa parte da região.

Ironia ou revolta da natureza, quem viu a ‘Serra da Micro Ondas’ como é chamada se deslumbrou com a cena. Parecia até uma resposta aos devastadores e autores da destruição da mata que faz parte da Cordilheira da Borborema e abrigava somente no município de União dos Palmares mais de 200 de hectares de mata atlântica intacta.

Sem vigilância dos órgãos do meio ambiente, o local sofre indiscriminadamente a ação criminosa a começar pela própria população que não dimensiona a gravidade de retirar a lenha para uso domestico em substituição ao gás de cozinha.

O crime tem a participação de carvoeiros e agricultores que têm aberto clareiras no meio da mata para o cultivo de banana, batata e outras lavouras graças a convicção da impunidade pelo fato de um Batalhão da Policia Ambiental que estava instalado na Fazenda Frios e que não permitia estes abusos ter sido desativada sem que a Secretaria de Defesa Social desse a menor satisfação as autoridades locais ou a sociedade.

Um morador da região que avisou a reportagem sobre o incêndio de ontem a noite disse em tom de desolação que ‘antigamente, havia água em abundancia que descia da serra e já serviu até para abastecer a cidade, porém, com a devastação da serra, os mananciais estão secando e em pouco tempo haverá somente terra seca. Todos os anos, bandidos queimam parte da serra e no local da queimada surgem capinzais para criar gado. Esta terra parece uma cidade devastada pela guerra onde todos fugiram, pois as autoridades nem ninguém toma conta de nada, nem da natureza da terra em que vivem’.

Há quase um mês não chovia no município e o volume da água do Rio Mundaú começa a baixar assustadoramente.

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