29/09/2025 02:01:22

Alagoas Violência
26/01/2014 11:11:27

Mais da metade da população carcerária em Alagoas é de presos provisórios

Mais da metade da população carcerária em Alagoas é de presos provisórios
Ilustração
  1. cadaminuto //
  2. anna Cláudia almeida

Notícias de prisões de quadrilhas são vistas diariamente nos meios de comunicação. Polícia nas ruas, investigações intensas e crimes esclarecidos.

Por dia, diversos criminosos são detidos em flagrante, ou não, relacionados a todo tipo de delito. 

O caminho comum desse processo: na delegacia, após ser feito o flagrante, o acusado é encaminhado à prisão, onde fica à disposição da justiça para concluir o processo, sentenciar, para que a pena seja cumprida. Atendendo todos os requisitos legais, após esse cumprimento, o cidadão retorna à sociedade, ressocializado.

Poderia ser assim, mas a realidade é bem diferente da teoria. Não apenas em Alagoas, mas em todo o Brasil, o Sistema Prisional apresenta as deficiências que impedem o cumprimento da legislação. Isso não quer dizer apenas a respeito das superlotações, falta de dignidade com o preso que vivenciam condições sub-humanas.

É no início desse doloroso percurso que o erro persiste. E os dados podem ser vistos nos relatórios apresentados pela Superintendência Geral de Administração Penitenciária (SGAP), órgão responsável em Alagoas pela coordenação do sistema carcerário.

Relatório

Segundo o relatório, datado de 21 de janeiro de 2014 e assinado por Juliana de Paula Ferreira Santos, gerente de Núcleo de Pesquisa e Estatística, sobre a movimentação carcerária no estado - de 19 de janeiro de 2014 – um total de 5.176 presos está cumprindo pena, sendo eles provisórios, regime fechado,  medida de segurança, Regime Aberto, Semiaberto e Presos em Penitenciárias Federais.

Deste número, são 3.035 detentos que atualmente seguem recolhidos nas unidades prisionais.

Na distribuição da população carcerária, somam-se um total de 2.400 presos em regime fechado, provisórios e medida de segurança, quando a capacidade atual era de 1.796 vagas, gerando um excedente de 604 presos.

No regime aberto são atualmente 853 presos e 1.105  no semiaberto.

A Colônia Agroindustrial São Leonardo segue interditada por determinação judicial, local este que seria responsável pela custódia dos presos no regime semiaberto.

Os presos recolhidos no Presídio de Segurança Máxima são 135, sendo 63 condenados e  72 provisórios.  Já os sobre os presos estrangeiros recolhidos no Sistema Prisional, o relatório aponta que são 02 presos (01 de nacionalidade italiana e 01 de nacionalidade tcheca)  recolhidos no  Presídio de Segurança Média Professor Cyridião Durval e Silva