cadaminuto //
A novela que se tornou as últimas sessões da Assembleia Legislativa de Alagoas, bem como o relacionamento conturbado entre alguns parlamentares ganhou um novo capítulo. Em entrevista ao TNH 1 TV, o presidente da casa, Fernando Toledo (PSDB) fez duras críticas e acusações ao “companheiro de casa”, João Henrique Caldas (Solidariedade), afirmando que o parlamentar que tornou público as denúncias de irregularidades por parte da mesa diretora, agora será investigado por quebra de decoro parlamentar, além do rápido enriquecimento e aumento de patrimônio particular.
De acordo com Toledo, o ímpeto de JHC em fazer denúncias contra a mesa diretora é puramente eleitoreiro. “Não é segredo nenhum que o jovem deputado tem como objetivo colher frutos eleitoreiros e somente isso”, afirmou o presidente da ALE.
Como se não bastasse o clima tenso na casa e a afirmação de que o interesse de JHC não seria apenas por justiça, Fernando Toledo ainda lembrou da possibilidade de quebra de decoro parlamentar e denúncias vindas de fora da casa, sobre o rápido enriquecimento e aumento de patrimônio de João Henrique Caldas.
“São denúncias que estamos apurando e analisando como serão conduzidas. Contestar é uma coisa, agora as atitudes do jovem deputado são dignas de quebra de decoro parlamentar e isso será investigado pela comissão de inquérito, assim como as denúncias de enriquecimento rápido e aumento do patrimônio do deputado, que é maior do que dos próprios pais”, criticou.
Com relação a exoneração de servidores comissionados da ALE, o presidente da casa segiu exatamente a linha apontada no ofício produzido pelo Procuradora Geral da casa, Fábio Ferrario e explicou a situação.
“Tivemos que seguir o máximo de transparência possível e garantir a segurança para as decisões da mesa diretora. Com essa decisão, esses servidores poderão retornar dentro da legalidade os que não tem condições documentais não irão reassumir os cargos e assim, iremos conter gastos na casa”, afirmou.
A lista com os nomes dos servidores não foi divulgada, mas as exonerações tiveram como ressalva os ocupantes do cargo de Procurador-Geral e Diretor-Geral e do quadro de pessoal da Secretaria da Assembleia Legislativa Estadual.
A portaria de número 04/2014, o presidente da Mesa Diretora explica que as exonerações atende a solicitação feita pela procuradoria da Casa. A recomendação de Ferrario foi feita no último dia 16, por meio de um ofício enviado à presidência.
Ferrario argumentou que a medida era necessária devido ao período de 60 dias em que Toledo e os demais integrantes da Mesa Diretora permaneceram afastados do comando da Casa “e, consequentemente da gerência e domínio dos seus atos”, ressaltou o documento.