tribunahoje //
luciana martins
O Tribunal Regional Eleitoral
do Estado de Alagoas (TRE/AL) tem na pauta desta segunda-feira, dia 20, o
julgamento de dois recursos: o primeiro deles contra o vereador de Pilar,
Anísio França (PCdoB), e o outro contra o prefeito de Joaquim Gomes, Toinho Batista
(PSDB), e sua vice, Ana Genilda Costa Couto, a Ana do Jaime (PMDB).
No primeiro caso, da cidade
do Pilar o vereador está correndo o risco de perder o seu mandato já que será
julgado na Corte o recurso contra expedição de diploma cujo pedido é de inelegibilidade
e cassação de diploma. O pedido foi impetrado pelo seu suplente Maurício Prado
(PCdoB) alegando que o vereador eleito não havia se afastado do cargo de
servidor público durante o processo eleitoral, inclusive recebendo salários.
O advogado de defesa do
vereador, Luiz Guilherme Lopes, explica que houve um erro por parte da
administração do município. “Ele se afastou dentro do prazo legal e devolveu
todo o salário recebido”.
Esse vai ser o primeiro
julgamento do vereador, já que este tipo de processo é originário no Tribunal.
A defesa espera que a Corte
tenha um posicionamento favorável ao seu cliente já que os autos mostram que
tudo ocorreu dentro da legalidade, fazendo com que o vereador permaneça no
cargo.
Já no caso de Joaquim Gomes,
o candidato a prefeito Benedito de Pontes Santos, Bida (PP), entrou com a ação
contra seus adversários políticos, Toinho Batista e Ana do Jaime, alegando
abuso de poder econômico por distribuição de combustível durante campanha.
O advogado de defesa de Bida,
Gustavo Ferreira, explicou que a legislação eleitoral permite a distribuição de
combustível, mas, dentro de um limite.
“A jurisprudência admite um
limite de 5 litros por moto e 10 litros para carro, mas, essa interpretação
varia muito entre os Tribunais Superiores, e no caso, do prefeito eleito esse
total foi muito além”.
Em primeira instância, o
processo foi julgado improcedente e a expectativa da defesa é que a sentença
seja reformulada e julgado procedente o pedido de abuso de poder econômico.
Caso a Corte Estadual reforme a sentença, Toinho Batista e Ana do Jaime podem
perder o mandato eletivo, pois serão condenados por abuso de poder econômico,
captação ilícita de sufrágio e corrupção ou fraude.