Dois promotores devem investigar gestão de prefeito em Piranhas, no Sertão

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O caos que murgulhou o município sertanejo de Piranhas chamou finalmente a atenção do Ministério Público Estadual (MP/AL). Tanto que dois promotores foram designados para investigar o gerenciamento dos recursos públicos na administração do prefeito Dante Alighieri (PDT), eleito em 2012.

Os promotores José Carlos Castro e Napoleão Calheiros, do Núcleo de Defesa do Patrimônio Público, abriram um procedimento preparatório para investigar irregularidades na compra de combustível, supostamente sem licitação. Eles vão apurar ainda a pintura de todos os prédios públicos municipais com a cor azul, padrão escolhido pelo então candidato Dante Alighieri no pleito eleitoral.

Das denúncias que chegaram ao MP/AL estão a de que o prefeito contratou, sem licitação, em janeiro de 2013, uma empresa para o fornecimento de combustíveis por 90 dias, no valor de R$ 197.437,20. Mesmo com a decretação da situação de emergência administrativa baixada pelo gestor em janeiro do ano passado, o processo vai passar por investigação, para saber se o decreto foi utilizado para o bem da municipalidade.

A representação, proposta pelo MP/AL, requer que o gestor apresente informações públicas como a relação de todos os imóveis locados ao município, a exemplo do nome do locador, localização, valores, prazos e finalidade da locação; número de escritórios que prestam serviços à Prefeitura, e também questiona a comemoração do Carnaval, em 2013, cuja empresa produtora foi contratada por R$ 550 mil, mesmo em situação crítica administrativa.

Outro ponto que passará pelo pente fino dos promotores é a falta de publicidade em relação às empresas vencedoras da licitação para locação de veículos automotivos leves e pesados.Na edição do Diário Oficial do Estado do último dia 10 de janeiro, a Prefeitura publicou a homologação de duas empresas vencedoras para locação de veículos que terão um contrato de R$ 5,3 milhões pela prestação de serviços por um ano.