Número de homicídios dispara em AL: 209 em apenas um mês

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Se dizem que a esperança por dias de paz não costuma morrer tão cedo, ela agoniza desde o mês de setembro, quando virou-se para o alto a sangrenta curva estatística de crimes violentos letais e intencionais (CVLIs), que já ultrapassaram a marca de 2.007 ocorrências e sinalizam para o encerramento de um 2013 mais violento que o ano em que foi lançado em Alagoas o Programa Brasil Mais Seguro. Antes daquele setembro acabar, o ministro da Justiça, Eduardo Cardozo, e o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) ainda exaltavam o fato de o Programa Brasil Mais Seguro ter direcionado para baixo a curva das estatísticas de mortes violentas em Alagoas, depois de um crescimento contínuo que durava 12 anos. Eles comemoravam uma redução de 18% no número de vítimas letais de crimes violentos intencionais em Alagoas, e de 26% em Maceió, desde o lançamento do programa, em junho de 2012.

Mas o período de janeiro a novembro deste ano de 2013 já é mais violento que o mesmo intervalo de tempo do ano passado. São onze mortes a mais, segundo dados oficiais que constam em relatórios estatísticos, ainda preliminares, mas já conhecidos pela Secretaria de Estado da Defesa Social (Seds) e pelo Ministério da Justiça (MJ).

Tal desempenho não poderá ser atribuído a nenhum adversário político do governador tucano nem da presidente Dilma Rousseff, porque são resultado do descumprimento de metas estabelecidas pelos subordinados de ambos os gestores, coordenadores do esforço do Estado e da União que já investiu o histórico montante de R$ 210 milhões na segurança pública, desde o lançamento do Brasil Mais Seguro.

Ambos correm o risco de terem de explicar, em pleno ano eleitoral, porque fracassou o plano que Eduardo Cardozo disse que não poderia falhar.