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08/12/2013 16:11:07

Sentir ao Lembrar, Lembrar sem Sentir ou Esquecer?

Sentir ao Lembrar, Lembrar sem Sentir ou Esquecer?
Dr. Jacinto Martins de Almeida

É muito comum nos dias de hoje um relacionamento amoroso chegar ao final. O interessante é que nesse final amoroso, geralmente, um dos parceiros sai sem amar, enquanto o outro permanece amando. Dificilmente os dois se separam se amando. O que permanece amando, pode levar pouco ou longo tempo para “esquecer”, ou talvez ame para sempre e negue esse amor em forma de outros sentimentos, tais como; ódio, ressentimento, angustia, tristeza, medo ou mal estar, quando ver o ex parceiro ou quando alguém fala em seu nome. Mas qualquer que seja os sentimentos externados, vai se enquadrar no titulo acima, com exceção do “esquecer” e vou explicar por que.

 

SENTIR AO LEMBRAR – Quando nos acontece algo agradável ou desagradável, cria-se uma memoria emocional atrelada ao pensamento e, todas às vezes que nos lembramos dessa coisa, essa memoria emocional é ativada, ou seja, junto com o pensamento vem o sentimento, e por isso ocorre à reação.

 

Quando terminamos um relacionamento e alguém nos pergunta se ainda amamos tal pessoa, e a resposta é da seguinte forma: não fale no nome dessa pessoa perto de mim; essa pessoa morreu para mim, não lembro mais dessa pessoa, eu odeio essa pessoa, geralmente está mais ligada a essa pessoa do que imagina, porque isso, nada mais é, do que um mecanismo de defesa do ego, chamado NEGAÇÃO, que é utilizado para aliviar a ansiedade e frustração.

 

LEMBRAR SEM SENTIR – É o contrário de sentir ao lembrar, é quando a memoria emocional é desativada, desatrelada do pensamento e, não surge mais quando pensamos naquela coisa, seja, lembramos por lembrar, porque faz parte do nosso passado, mas não nos causa mais dor ou sentimento de qualquer natureza. É aí que ocorre o que chamamos de perdão.

 

ESQUECER – já ouvi muitas pessoas dizerem: esqueci, fulano(a), não lembro mais de fulano(a), não sei quem é fulano(a). Olhe, isso não é verdade, se realmente tivesse esquecido fulano(a) não estaria falando o nome do fulano(a).

 

Num relacionamento de longa duração que foi rompido, queira ou não, iremos lembrar-nos da pessoa que fez parte da nossa vida, não temos como apagar isso voluntariamente; isso só pode ser apagado através de danos cerebrais ou traumas psíquicos que causaram amnesia; somente dessa forma pode haver o esquecimento.

 

Como eu falei acima, por mais que a gente tente, não temos como apagar isso voluntariamente, iremos sempre lembrar, isso um dia existiu e faz parte do nosso passado; por isso, queira ou não, as lembranças virão à tona através de estímulos VISUAIS (ver a pessoa, ver fotos da pessoa, lugares que frequentava com a pessoa, amigos da pessoa,pessoas parecida com a pessoa), AUDITIVOS (ouvir falar da pessoa, ouvir uma voz parecida com a da pessoa), OLFATIVOS (sentir em outra pessoa o cheiro do perfume usado pela pessoa), TÁTIL ( ser tocado por outra pessoa de forma parecida com a da pessoa) GUSTATIVO(lembrar do gosto da comida que era feita pela pessoa) ou se o pensamento se tornar obsessivo. Em ambos os casos, tanto nos ESTÍMULOS quanto nos PENSAMENTOS OBSESSIVOS, poderemos lembrar-nos de duas formas: SENTIR AO LEMBRAR OU LEMBRAR SEM SENTIR. Só que no pensamento obsessivo, com certeza, SENTIMOS AO LEMBRAR.

 

DR. JACINTO MARTINS DE ALMEIDA

Psicólogo/Psicanalista/Hipnólogo/Acupunturista/Radiestesista

ESPECIALISTA NO TRATAMENTO DE MEDOS, TRAUMAS E DORES.