Aberta a temporada de caça: Assembleia se volta contra JHC

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A sessão da Assembleia Legislativa do Estado (ALE) de Alagoas, desta terça-feira (03), foi marcada por uma “lavagem de roupa suja”. Inicialmente, o deputado estadual Ronaldo Medeiros (PT) partiu para a ofensiva contra o seu par João Henrique Caldas, o JHC (SDD), sobre a suposta movimentação financeira da nova gestão sobre a tutela dos parlamentares afastados.

Inicialmente, o petista tratou de rebater o fato de que a nova mesa não teria sido empossada até o dia 04 de novembro. Ou seja, em outras palavras, o afastamento da antiga Mesa não haveria sido oficializado. “Até o dia 04 não tínhamos documento nenhum afastando a Mesa anterior”, explica o petista.

Durante o pronunciamento do petista, a presidente interina, Flávia Cavalcante (PMDB), desceu da cadeira da presidência e voltou ao púlpito para rebater as acusações: “eu não vou permitir que, vossa excelência, me faça de palhaça aqui, nesta casa”, dispara. Ela conta que o fato de o Poder Legislativo pedir mais dinheiro já é historicamente comum. “O mês de dezembro, não temos dinheiro para pagar o décimo da Casa. Para que os servidores não fossem penalizados nós elegemos a Mesa Diretora, de forma emergencial, para que os servidores não ficassem sem pagamento. E o deputado JHC estava presente”, declara.

Por outro lado, o próprio JHC pediu a palavra e rebateu, entre outras tantas acusações, a exoneração dos funcionários de seu gabinete. “Eu aconselhei, a cada um, que não participasse deste recadastramento, para que não fossem vítimas de um espetáculo midiático”, reitera. Em outro momento, o mesmo acusou Medeiros de não se “posicionar” dentro da Casa Tavares Bastos. “Uma hora ele passeia no avião do governador, outra hora, tenta dar continuidade aos mandos e desmandos da antiga Mesa e ainda se diz de oposição. Realmente, não dá para entender”, rebate.

O presidente afastado da Mesa Diretora, Fernando Toledo (PSDB), pediu a palavra para enaltecer o discurso de Ronaldo Medeiros e garantiu que tudo o que vinha acontecendo, enquanto presidia a Casa, estava dentro dos parâmetros legais. “As cortinas estão se abrindo, o espetáculo está acabando. E aí sim, a sociedade alagoana será capaz de saber o que de fato acontece e quem é quem dentro do Poder Legislativo”, declara Toledo.

Por sua vez, o ex-presidente da ALE, Antônio Albuquerque (PRTB) legislou em causa própria. O mesmo voltou a lamentar, o fato de o Legislativo sofrer a ingerência dos demais poderes. “Eu queria poder o nome de Deus, prudência. O poder Legislativo é muito maior que todos nós”, conclui Albuquerque.