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Justiça
08/11/2013 23:32:07

'O povo não aguenta mais espetáculo de roubalheira' diz MP sobre prisão de vereadores

'O povo não aguenta mais espetáculo de roubalheira' diz MP sobre prisão de vereadores
Dr. Alfredo Gaspar de Mendonça - GECOC

tudonahora //

 

A operação que prendeu três vereadores e sete ex-vereadores de Santana do Ipanema, no sertão alagoano, na manhã desta sexta-feira (8), foi classificada pela defesa dos acusados como um “espetáculo”. Em entrevista à TV Pajuçara, o coordenador do Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc), promotor Alfredo Gaspar de Mendonça, rebateu os comentários feitos pelo advogado Welton Roberto: “Felizmente, nesse caso é um espetáculo em prol da sociedade, traduzido efetivamente num clamor público que não aguenta mais ‘espetáculo’ de roubalheira por políticos do estado de Alagoas”, afirmou.

 

“Se o MP faz espetáculo, é em defesa da ordem e da Justiça. É espetacular, realmente, o Ministério Público tomar as providências contra aqueles que desviam recursos públicos, terminando por matar lá na ponta milhares e milhares de pessoas”, disse o promotor. 

Os presos foram denunciados pelo Ministério Público Estadual (MPE) por fraude à licitação, formação de quadrilha e outros crimes que desviaram R$ 2 milhões dos cofres públicos. Na Delegacia Geral da Polícia Civil, para onde os presos foram levados, Welton Roberto disse que o Ministério Público “tem coisas mais importantes para investigar”.

 

Em resposta, Alfredo Gaspar afirmou que o “espetáculo” que a sociedade repudia é quando “aqueles que deveriam estar representando o povo terminam por, de forma contrária a todo o desejo da população, desviando esses recursos em prol dos seus bolsos”.

 

Todos os presos foram denunciados pelos crimes de fraude à licitação, peculato, falsidade ideológica e formação de quadrilha porque compraram combustíveis e alugaram veículos em desrespeito à Lei de Licitações, entre os anos de 2008 e 2012.

 

Foram presos os atuais vereadores Luciano Gaia Nepomuceno, Genildo Bezerra da Silva e José Vaz e os ex-parlamentares Ademildo Soares dos Santos, Adenílson Oliveira Silva, José Enaldo de Melo, Ana Cláudia Nunes, Eudes Vieira da Paixão, Kátia de Oliveira Barros Gaia e Josefa Eliana Silva Bezerra. Três denunciados não foram localizados porque estariam em São Paulo e, um outro porque reside em Maceió.