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Roteiro
09/09/2013 07:13:05

Roteiro é a cidade alagoana líder em mortalidade infantil

Roteiro é a cidade alagoana líder em mortalidade infantil
Cidade de roteiro a 50 km de Maceió

gentedagente //

uol

 

Para chegar a Roteiro (a 50 km de Maceió), o motorista precisa passar por um verdadeiro rally: os 4 km iniciais após a saída da AL-101 Norte são de barro, em meio a plantações de cana, sem qualquer casa ou estabelecimento comercial. Quando chove, o local fica intransitável para carros pequenos.

A cidade alagoana também não possui saneamento básico e é dona da maior mortalidade infantil do país, segundo dados do Atlas do Desenvolvimento Humano 2013, do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento).

Segundo o levantamento, em 2010 o índice chegava a 46,8 mortes por cada mil nascidos vivos até um ano –a média nacional é de 16,7. O município também tem a menor expectativa de vida entre os brasileiros: 65,3 anos, oito anos a menos que a média nacional.

Em Roteiro, não é difícil achar histórias de bebês que morreram. Há dois anos, o neto de Maria José da Conceição, 38, foi uma das vítimas –o município não tem maternidade.

“Minha nora demorou a ser levada para São Miguel dos Campos [cidade vizinha onde normalmente são realizados os partos] e, quando chegou, o médico não quis fazer uma cesárea, teve normal e aí veio a complicação. O menino nasceu com problema, ficou dois dias na UTI, mas morreu. Os pais ficaram arrasados. Era para termos processado o governo, mas nunca fizemos isso”, contou.

Equipes completas

Mesmo com o alto índice de mortalidade, o município ficou fora da lista de lugares prioritários para receber médicos cubanos. Também não se inscreveu na primeira fase do Mais Médicos – isso foi feito apenas na segunda etapa, com o pedido de um profissional.

O UOL visitou Roteiro na última quinta-feira (5). Marcados pela pobreza extrema, os 6.800 moradores da cidade sofrem com a estrutura precária do município. Mas, entre tantas queixas da população – desde falta de empregos até saneamento-, uma parece superada: a carência de médicos.

A cidade possui três equipes de PSF (Programa de Saúde da Família) completas para atender os habitantes. O número de equipes é maior do que o indicado como ideal pelo Ministério da Saúde, que é o acompanhamento de 3.000 pessoas por equipe. Em Roteiro, essa média é uma equipe para cada 2.200.

Além dos médicos da atenção básica, o município também contratou cinco especialistas complementares: um cardiologista, um psiquiatra, um dermatologista, um pediatra e um ginecologista.

Segundo a secretária de Saúde de Roteiro, Glória Cavalcanti,

A cidade possui três equipes de PSF (Programa de Saúde da Família) completas para atender os habitantes. O número de equipes é maior do que o indicado como ideal pelo Ministério da Saúde, que é o acompanhamento de 3.000 pessoas por equipe. Em Roteiro, essa média é uma equipe para cada 2.200.

Além dos médicos da atenção básica, o município também contratou cinco especialistas complementares: um cardiologista, um psiquiatra, um dermatologista, um pediatra e um ginecologista.

Segundo a secretária de Saúde de Roteiro, Glória Cavalcanti, as equipes estão completas, e não há – em tese – necessidade de mais médicos. Mesmo assim, uma ajuda seria bem-vinda.

“Se algum profissional nos escolher nessa segunda fase do Mais Médicos, ótimo: vamos colocá-lo para ajudar no atendimento dos locais onde já temos médicos”, explicou.

Cavalcanti garante que o índice de mortalidade apresentado em 2010 já foi reduzido e neste ano apenas uma morte foi registrada – “e por prematuridade”.

“Hoje, sem dúvida, é muito inferior ao apresentado. Temos um controle de pré-natal, uma vigilância epidemiológica completa. Agora temos também plantão aos fins de semana”, disse.

Mesmo assim, uma ajuda seria bem-vinda.

“Se algum profissional nos escolher nessa segunda fase do Mais Médicos, ótimo: vamos colocá-lo para ajudar no atendimento dos locais onde já temos médicos”, explicou.

Cavalcanti garante que o índice de mortalidade apresentado em 2010 já foi reduzido e neste ano apenas uma morte foi registrada – “e por prematuridade”.

“Hoje, sem dúvida, é muito inferior ao apresentado. Temos um controle de pré-natal, uma vigilância epidemiológica completa. Agora temos também plantão aos fins de semana”, disse.