Defesa Civil de União dos Palmares, AL, notifica famílias em áreas de risco

g1-al //

tv gazeta

Três anos após a enchente que atingiu vários municípios alagoanos, alguns moradores da cidade de União dos Palmares, localizada na zona da mata, ainda insistem em viver em áreas consideradas de risco. Para evitar novos desastres, algumas medidas estão sendo tomadas pela Defesa Civil daquele município.

Nas enchentes de 2010, a maioria das casas do bairro Roberto Correia foi atingida. Para evitar incidentes, há três meses, cerca de 50 residências foram demolidas pela prefeitura. Todas ficam próximas ao riacho Canabraba, um afluente do rio Mundaú.

De acordo com a prefeitura, mais de 2700 famílias receberam novas moradias em conjuntos construídos com o financiamento do Governo Federal, mas algumas ainda insistem em morar nos antigos domicílios.

Apesar de localizadas em áreas de risco, algumas casas estão com avisos de aluguel ou venda. Para evitar que esses negócios sejam concretizados, a Defesa Civil de União dos Palmares tenta identificar os proprietários que já foram contemplados com as casas do Programa de Reconstrução do Estado. Depois desta etapa, 170 casas serão demolidas.

“A Defesa Civil tem a função de preservar a área de risco e evitar novas construções, novas invasões nessas áreas. Vamos trabalhar a preservação e o cuidado, principalmente nos rios que passam pela cidade”, explica a coordenadora da Defesa Civil de União, Nádia Seabra.

Ao identificar o local, os agentes marcam um x. Alguns moradores saem de forma pacífica, mas nem sempre o trabalho e fácil. O aposentado Antônio Euclides Filho, por exemplo, resiste em deixar a casa. “Não gosto mais de casa nova. Eu já estou velho, fico na casa velha mesmo", diz.

“No caso dele [o aposentado], ele cria animais e não poderia levá-los para esse conjunto, então ele assinou um termo dizendo que queria ficar no local. Daqui pra frente, não sabemos ainda qual vai ser o destino dele. No momento, estamos na fase das marcações. Depois, vamos ver com o Município e o Estado a situação desse pessoal que continua na área”, revela a agente da Defesa Civil Rubian dos Santos.