primeiraedição //
Você sente dor nas pernas quando caminha? Se a resposta for sim então você pode estar sendo alvo da chamada claudicação intermitente. Pouco conhecida da população, a patologia se caracteriza por uma dor nas pernas ao se caminhar, mesmo que o deslocamento seja por poucos metros.
A claudicação intermitente surge durante a caminhada porque o músculo, que está pouco irrigado e sem oxigênio, é exigido pelo exercício. Nos casos mais leves, quando a marcha é interrompida ou o esforço é reduzido, a dor cessa. Nos casos mais graves, poucos metros são suficientes para a dor surgir.
"No estágio mais avançado do problema vascular, mesmo em repouso o paciente sente o incômodo. A qualidade de vida é muito comprometida, pois a pessoa se vê impossibilitada de andar", frisou o cirurgião.
Cerca de 75% dos pacientes estabilizam ou melhoram dos sintomas. Dos 25% com evolução grave, aproximadamente 5% progridem para alguma intervenção cirúrgica e 2% para amputação em cinco anos.
Fatores de risco
O diagnóstico é feito com o auxílio de um equipamento de ultrassom com Doppler, que indica onde está a obstrução da artéria. Os cirurgiões vasculares e angiologistas, únicos profissionais aptos a identificar e tratar problemas circulatórios, são unânimes: a melhor forma de prevenir o problema é evitar a obesidade, o tabagismo, o sedentarismo, a hipertensão arterial, os níveis elevados de colesterol, o diabetes e o estresse. O único fator não evitável é o histórico familiar, já que todos os demais dependem da qualidade de vida do paciente.
Incidência
A claudicação intermitente é mais comum em indivíduos na faixa etária dos 55 aos 60 anos. Quando o mal ocorre em pessoas mais jovens, pode ser reflexo de doenças menos comuns, como a tromboangeíte obliterante (inflamação das artérias provocada pelo cigarro) ou alterações congênitas da musculatura da perna.
Como tratar?
As medidas para tratar a claudicação dependem da gravidade da doença vascular. Os casos mais leves podem ser atenuados com exercícios físicos e medicações. Os mais avançados necessitam de intervenção cirúrgica, que pode ser a convencional ou a endovascular, onde o cirurgião coloca um Stent (espécie de mola) para desobstruir o vaso. O Stent é introduzido no organismo através de uma punção da artéria do braço ou da perna. Um cateter com balão leva o Stent até o local bloqueado pelas placas de gordura.