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marco antônio martins
Em tempo de protestos, empresas de segurança
aproveitam para lançar uma série de novidades em armas não letais, usadas em
confronto com multidões.
A grande aposta é a tecnologia "seletiva"
-que pode ser usada em pessoas ou grupos específicos sem causar danos à
população.
É o que mostram os stands da 13ª Interseg, maior
feira de tecnologia, serviços e produtos para área de segurança pública na
América Latina, que termina hoje no Rio.
Neles, é possível encontrar um canhão sonoro, de
tecnologia americana, capaz de efetuar "disparos" que atingem até 150
decibéis -muito além do limite tolerável ao ouvido humano.
Com o equipamento, é possível direcionar o som. O
policial que opera o canhão, afirmam os fabricantes, nem precisam usar
proteção.
EVOLUÇÃO
A feira também apresenta versões mais modernas de
equipamentos já usados hoje, como as bombas de gás lacrimogêneo.
Na nova geração desse produto, as granadas são acionadas por uma pequena
explosão, envolvendo o alvo em uma nuvem de pó e diminuindo a possibilidade de
atingir outras pessoas.
De tecnologia belga, outra inovação que chama a
atenção são as balas de plástico.
Diferente das munições de borracha, elas supostamente
machucam menos o alvo, já que arrebentam no contato com a pele, sem penetrar.
Elas podem ser "recheadas" com três tipos
de munição: tintas laváveis, não laváveis e pó de pimenta -que também
"paralisa" a pessoa pela irritação causada nos olhos.