Menor envolvido no esquartejamento de diarista no Carminha é encontrado morto

tribunahoje //

O adolescente Moisés Nicolau dos Santos, de 17 anos, suspeito de envolvimento no esquartejamento da diarista Maria de Lourdes Farias de Melo, ocorrido em julho de 2011, no conjunto Carminha, no Benedito Bentes I, foi encontrado morto na tarde desta segunda-feira (12), na casa onde morava, no mesmo conjunto Carminha.

O adolescente foi assassinado com um tiro no olho, que atravessou a cabeça do rapaz e saiu pela nuca. De acordo com informações da Polícia Civil, as pessoas que moravam com Moisés teriam encontrado o corpo e “parado uma Kombi que passava pela rua”. O motorista da Kombi foi obrigado a levar o corpo do menor para o Mini Pronto-Socorro Denilma Bulhões, no Benedito Bentes I.

Na unidade de saúde, aparentando nervosismo, o motorista, identificado como Eliel dos Santos, disse ter sido ameaçado pelos moradores para que levasse o corpo do menor ao pronto-socorro.

Os responsáveis pelo atendimento ao menor rapidamente constataram que Moisés já estava sem vida. O corpo foi removido pelo Instituto Médico Legal (IML) e agentes das polícias Civil e Militar foram à casa onde o rapaz foi morto para isolar o local e realizar uma perícia.

Esquartejamento

Segundo agentes da Polícia Civil, Moisés seria uma dos menores envolvidos na morte da diarista Maria de Lourdes Farias, esquartejada em 2011 supostamente por delatar a ação de traficantes da região. Moisés, inclusive, também estaria envolvido com o tráfico no conjunto Carminha.

Quatro pessoas maiores de idade foram presos pelo crime: Williams Vicente dos Santos, o “Língua”; Cremilda Nicolau, a “Kel”, e Jamerson Jonas dos Santos, o Paulista, além de José Cícero Dionísio dos Santos, apontado como mandante do crime.

Menor de idade na época do crime, o jovem Gabriel dos Santos, o “Gabinha”, chegou a ser apreendido, mas conseguiu fugir da unidade de internação de Menores (UIM), no Tabuleiro do Martins, no réveillon de 2012. Ele foi apontado pelos comparsas como a pessoa que arrancou um braço e a cabeça da diarista, escrevendo ao lado do corpo, com sangue, a palavra “cabueta”.