Um negócio que aparenta ser lucrativo (pela freqüência com que é praticado) tem surgido nos últimos dias na Fazenda Frios (a 4 km do centro de União dos Palmares), cuja atividade tem posto em cheque a capacidade das autoridades judiciarias e policiais do município, de uma feita que ocorrem dentro de ‘chácaras’ cercadas por altos muros, onde, em alguns casos tudo é permitido – passando pelo consumo de álcool por menores, uso de drogas e até a prática da prostituição infantil.
Em um lugar outrora tranqüilo onde o silencio era imperturbável, o local sofreu a invasão repentina de amantes da musica curtida em som alto (inconseqüentes que migraram para lá porque sabem que na cidade tem repressão policial) assomado ao fato da certeza da impunidade, pois é do conhecimento de quem pratica atos desta natureza que o policiamento é resumido e nem sempre existem policiais disponíveis para reprimir abusos em toda região jurisdicionada pelo 2º BPM ou 11ª DRP.
Tudo o que ocorre atualmente na Fazenda Frios é consentida por proprietários das glebas de terra que alugam suas chamadas ‘chácaras’ que as alugam para os promotores do que eles chamam de ‘festas’ ao preço de um salário mínimo por ocasião, cuja quantia, segundo consta, é paga antecipadamente. Nos eventos, a lei do silêncio e os encargos fiscais são ignorados pois nenhum destes proprietários tem licença do município para funcionar como casa de shows e eventos e não comunicam suas realizações a policia ou ao Juizado da Infância e da Juventude para burlar a fiscalização. As festas ocorrem geralmente nos finais de semana incomodando idosos, crianças, enfermos, gestantes e trabalhadores que por medo de repressão preferem sofrer os abusos a denunciar alguns ‘figurões’ envolvidos com os ilícitos. O volume exagerado dos aparelhos sonoros na maior parte das vezes chega a impedir o uso de telefone e da televisão além do dialogo entre pessoas dentro de suas próprias casas.
A irreverência, a prepotência e a certeza da impunidade somados a saga de enriquecer ilicitamente são em sua maior parte praticadas por pessoas ligadas a políticos influentes do município. Também contribui para a ação destes que se dizem ‘respeitáveis’ cidadãos, que acintosamente afrontam a determinação do Juiz da 1ª Vara de Justiça de União dos Palmares Dr. Ygor Vieira de Figueiredo que por j´[a haver recebido dezenas de denuncias e em cumprimento da Lei exarou que ‘todo aparelho sonoro usado fora dos padrões audíveis e que ultrapasse os cômodos das residências ou for usado em via pública deve ser recolhido e seu proprietário indiciado por infração a lei. Em caso de reincidência, o proprietário do equipamento sonoro ou dono da residência onde ocorrer o ilícito, deve ser detido e posto a disposição da Justiça’.
À época da determinação, o magistrado e o Ministério Público não imaginavam que para fugir destas orientações as policias civil e militar, os infratores migrassem para a zona rural do municipio, fugindo desta forma as suas determinações.
Nas redes sociais, a titulo de deboche, alguns proprietários fazem ofertas de suas chácaras para a realização destes festejos, como se fosse envoltos em um manto de impunidade ou como se estivessem publicamente desafiando a Lei. A partir deste final de semana, a própria reportagem deste informativo vai se encarregar de no inicio da semana vindoura apresentar relatório sucinto às autoridades, a começar pelo Ministério Publico caso se repitam os excessos.
redação //