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carolina sanches
O surto de diarreia que atingiu Alagoas já registrou 80 mil casos notificados neste ano. De acordo com o secretário de estado da Saúde, Jorge Villas Boas, este número representa um aumento de 78% comparado ao mesmo período no ano passado, que contabilizou cerca de 45 mil casos. Durante coletiva na manhã desta quinta-feira (1º), ele afirmou que o surto da doença continua, mas disse que os casos vem diminuindo há quatro semanas.
Desde o mês de maio deste ano, o número de óbitos registrados em Alagoas por diarreia chegou a 51, segundo dados da Vigilância Epidemiológica. O surto deixou a população amedrontada e os órgãos em alerta no estado. De acordo com Villas Boas, a Sesau vai investigar se houve negligência no atendimento por parte das unidades de saúde.
“Vamos aos locais para detectar quais foram as causas e agentes epidemiológicos. Também, se for possível, verificar se houve falha no atendimento. Não podemos falar que não houve atendimento adequado sem que haja uma investigação. Pelo que já está sendo observado, na maioria dos casos da doença, as pessoas consumiram água sem o tratamento adequado”, falou.
O secretário destacou que o problema pode ter se agravado por causa da estiagem prolongada, que fez com que muitas pessoas procurassem água para consumo nem fontes impróprias. Segundo ele, as causas da epidemia estão relacionadas às bactérias, vírus e parasitas, detectados na água proveniente de fontes alternativas.
“São mortes que poderiam ser evitadas se fossem tomados os cuidados dentro de casa. Quando fica muito tempo de seca e chove a água que vai para a rede de abastecimento também pode ser contaminada”, expôs.
A superintendente de Vigilância Epidemiológica da Sesau, Sandra Canuto, falou sobre a importância de um trabalho preventivo para orientar a população sobre os cuidados com o tratamento da água. “As ações foram intensificadas, o que fez com que o surto fosse controlado. Os casos estão decrescentes, mas mesmo assim o trabalho continua intenso nos 25 municípios que registraram epidemia”, explicou.