primeiraediçao //
A greve geral marcada para próxima quinta-feira, 11 de julho, deve reunir cerca de 50 mil pessoas em Maceió, segundo estimativa da Central Única dos Trabalhadores em Alagoas.
O ato público que vai marcar a greve em Alagoas terá participação de estudantes, Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal), Sindicato dos Policiais Civis (Sindpol), Sindicato dos Vigilantes de Alagoas (Sindvigilantes) e muitas outras entidades e organizações.
A concentração vai acontecer a partir das 14 horas na Praça Centenário no bairro Farol, em Maceió, onde outras manifestações também tiveram início.
Na pauta de reivindicações estão o fim do Fator Previdenciário; Reforma Agrária; Suspensão dos Leilões de Petróleo; Redução da Jornada de Trabalho para 40 horas sem redução de salários; 10% do PIB para a educação pública, “verbas públicas só para o setor público”;Contra o PL 4330, da “terceirização” que retira direitos dos trabalhadores brasileiros e precariza ainda mais as relações de trabalho no Brasil; Reduções de tarifa do transporte não sejam acompanhadas de qualquer corte dos gastos sociais;10% do orçamento da União para a saúde pública.
Algumas categorias, como a dos Policiais Civis, por exemplo, pleiteiam ainda a aprovação da PEC 300/446 (Piso nacional das polícias Civil e Militar) e a Lei Geral e Carreira Única da Polícia Civil.
Já os professores da rede estadual de ensino pedem melhores condições de trabalho e lembra que o momento é de mobilização política em todo o país.
As primeiras manifestações em Maceió tiveram como objetivo impedir o aumento do preço da tarifa de ônibus. A proposta era que a passagem de R$ 2,30 fosse reajustada em 0,55. O valor de R$ 2,85 foi considerado absurdo e uma verdadeira multidão tomou as ruas e avenidas da capital em protesto.
O Governo Estadual e a Prefeitura de Maceió prometeram queda nos tributos que incidem sobre empresas de ônibus. Além da desoneração do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) sobre as empresas, o prefeito Rui Palmeira também anunciou que o município fará uma reanálise das gratuidades.
Apesar do recuo sobre o aumento do preço da tarifa de ônibus, os manifestantes decidiram erguer a bandeira em prol de outras melhorias nas áreas da Saúde, Educação, Segurança Pública e transporte de qualidade para a classe trabalhadora.