Ministério do Trabalho pode interditar mais 15 matadouros em Alagoas

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jamylle bezerra

Mais quinze matadouros localizados em municípios alagoanos podem ser fechados nos próximos meses, por não possuírem condições de higiene e de trabalho adequadas. A informação foi repassada pelo auditor do Ministério do Trabalho em Alagoas, Gilberto Pereira, que é um dos responsáveis pelas inspeções realizadas nos abatedouros localizados no Estado. Desde 2011, 15 matadouros foram fechados no interior de Alagoas. Desses, apenas quatro foram reabertos após passar por adequações.

Segundo Gilberto, o Ministério já tem informação de que, nos 15 matadouros que faltam ser inspecionados, muitas são as irregularidades e, por isso, a probabilidade é que eles também venham a ser fechados. Com a interdição, os abates passarão a ser feitos em outros municípios, onde os matadouros estão devidamente regularizados.

Atualmente, uma média de 3 mil animais - entre suínos, bovinos e caprinos - é abatida por semana em Alagoas, o que representa cerca de 12 mil abates mensais de animais nos matadouros do Estado.

Nas condições em que eles vinham acontecendo, além de representar riscos para quem faz o manuseio direto do animal, o consumo da carne também significava riscos para os consumidores, diante, principalmente, da falta de condições de higiene. Apesar das irregularidades ainda existentes, o representante do Ministério do Trabalho afirma que a qualidade da carne teve uma melhoria significativa após as primeiras inspeções e interdições.

"Hoje em dia já se come uma carne de melhor qualidade em Alagoas. Antes, os animais eram abatidos como há 300 anos, no chão, com crianças retirando o couro do animal e as fateiras trabalhando sem usar nenhum tipo de equipamento de segurança", ressaltou Gilberto.

De acordo com ele, as fiscalizações realizadas em conjunto pelo Ministério do Trabalho, pela Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal) e o Ministério Público do Trabalho (MPT) têm surtido efeito no Estado, tendo em vista que os abatedouros interditados não voltaram a funcionar, e os que foram reabertos - nos municípios de Teotônio Vilela, São Luiz do Quitunde, Porto Calvo e São José da Tapera - estão cumprindo as regras estabelecidas para o bom funcionamento.

"Hoje nós temos bons matadouros em Alagoas, como os dos municípios de Arapiraca, Delmiro Gouveia, Igreja Nova e Teotônio Vilela, que foi um dos que reabriram. O trabalho de inspeção vai continuar porque ele é fundamental para o bom funcionamento dos matadouros", destacou.