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04/07/2013 21:09:10

Assistentes sociais de União dos Palmares avaliam estragos da chuva

Assistentes sociais de União dos Palmares avaliam estragos da chuva
Na mancha da parede, o nível de água

g1-al - tv gazeta

 

Funcionários da Secretaria da Assistência Social de União dos Palmares visitaram, nesta quinta-feira (4), as casas atingidas pela chuva para fazer um levantamento da quantidade de residências afetadas e a dimensão dos prejuízos. Quase 80 pessoas ficaram desalojadas. O relatório será enviado ao Governo do Estado, Caixa Econômica Federal (CEF) e à construtura responsável pela obra.

 

O terreno fica ao lado de um rio e próximo a dois açudes localizados em uma fazenda particular. O engenheiro da prefeitura, Dimas Rocha, acredita que isso não foi levado em conta no momento da construção.

 

“Deveria ter sido pensado algum canal que desse vazão a essa água. O problema é que hoje essa água é liberada acima do conjunto residencial, passando pelas casas para ter acesso ao rio Cana Brava”, explicou Rocha.

 

Esta é também a avaliação do secretario adjunto de obras do Governo do Estado, Jamerson Lima, que esteve no local para avaliar os danos.

 

“Com certeza houve uma falha no projeto, que será averiguado junto a construtora, e responsabilizará quem fez o dimensionamento desse projeto. A própria construtora teve problemas de alagamento durante a execução da obra. É uma área que não deveria ter sido edificada”, expõe Lima.

 

O secretario, entretanto, não soube dizer de quem é a responsabilidade pelos prejuízos dos moradores que perderam móveis e objetos pessoais. “Isso terá que ser apurado. O Programa de Reconstrução é responsável pela reconstrução nas áreas de risco da bacia do Mundaú e do Paraíba. Mas essa obra especificamente foi gerenciada e acompanha pela Caixa Econômica junto com o município. O Governo do Estado provavelmente prestará um auxílio para que as famílias tenham os prejuízos resarcidos”, completou.

 

A empregada doméstica Isabel Cristina da Silva conta que fez um alto investimento na casa depois que recebeu o imóvel, mas novamente as águas da chuva provocou estragos.

 

Transtorno que volta a se repetir em um local onde as vítimas da enchente de 2010 imaginavam estar livres de riscos.

 

“Eu perdi tudo na outra cheia e tive que comprar todos os pertences de novo. Mais uma vez estou passando por essa situação. Só na reforma eu gastei mais de R$ 20 mil. Eu vou recorrer a Justiça, quero tudo que gastei de volta”, afirmou Isabel.