correiodealagoas //
assessoria
Os trabalhadores da Eletrobras e da CHESF Alagoas realizam uma assembleia nesta segunda-feira, dia 01 de julho, para deliberar sobre os rumos do movimento de greve a partir da zero hora do dia 01/07. Na assembleia, a categoria decidirá sobre o período da greve. A assembleia acontece a partir das 07:30hs da manhã na sede da CHESF em Rio Largo e, na sede da Eletrobras Alagoas às 10 hs da manhã. Assembleias com esta mesma finalidade ocorrem em todos os sindicatos do setor elétrico do Brasil ligados a Eletrobras.
Na segunda reunião de negociação, ocorrida no dia 21/06, em Brasília, a Eletrobras, além de propor reajuste zero, se limitou a manter dos benefícios somente para os/as atuais trabalhadores/as, o que é um absurdo.
O Coletivo Nacional dos Urbanitários - CNE se reuniu com a diretoria executiva da Eletrobras na última quinta-feira (27/06), no Rio de Janeiro, para tentar um acordo. A assembleia desta segunda-feira informará sobre o resultado dessa reunião e o que foi proposto pela empresa.
A categoria reivindica reajuste salarial de 11,51%, com reposição da inflação e ganho real (crescimento do mercado de energia no ano anterior), indenização de perda de massa salarial do último período, acabar com a terceirização e plano de saúde para aposentado, tem sido a causa da baixa adesão ao plano de desligamento voluntário.
Segundo a presidenta do Sindicato dos Urbanitários Amélia Fernandes, a Eletrobras está atacando os direitos dos/as trabalhadores/as e destruindo as conquistas históricas da categoria. "Temos sido vítimas de vários ataques da empresa, nos nossos mais diversos direitos, tudo patrocinado pelo Departamento de Controle das Empresas Estatais – DEST, denuncia Amélia.
Segundo a sindicalista, as recomendações do DEST sugerem que as empresas do Grupo Eletrobras devem buscar reduzir direitos e benefícios dos/as trabalhadores/as, chegando a listar os itens que devem ser suprimidos, oferecendo inclusive uma “recompensa” na PLR dos gestores mais competentes na caça aos direitos dos/as trabalhadores/as.
Amélia diz que a categoria vai reagir fortemente e não aceitará de forma alguma redução de conquistas. A reação já se inicia com este indicativo de greve que será definido nesta segunda-feira 01 de julho.
A CUT, as demais centrais sindicais (CTB, Força, UGT, CSP/Conlutas, CGTB, CSB e NCST), e o MST decidiram organizar atos conjuntos – do movimento sindical e social – no próximo dia 11 de julho em todo o País. As paralisações, greves e manifestações terão como objetivo destravar a pauta da classe trabalhadora no Congresso Nacional e nos gabinetes dos ministérios e também construir e impulsionar a pauta que veio das ruas nas manifestações realizadas em todo o país dos últimos dias.
Além de mais investimentos em saúde, educação e transporte público de qualidade, como os manifestantes pediram e que é também uma pauta dos trabalhadores e das trabalhadoras, os atos de julho irão reivindicar o fim dos leilões do petróleo, o fim do fator previdenciário, a redução da jornada para 40 horas semanais sem redução do salário, a reforma agrária e o fim do Projeto de Lei 4330 que trata da terceirização.