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anna paula omena
Ato por um país melhor’. Este é o nome do protesto encabeçado por estudantes que bloquearam, na manhã desta quarta-feira (26), a Avenida Fernandes Lima, no bairro do Farol, em Maceió. A concentração dos estudantes acontece em frente ao Centro Educacional de Pesquisas Aplicadas (Cepa) e já provoca um congestionamento quilométrico, no sentido Farol/Centro, na principal avenida da capital.
A manifestação reúne um grupo de trinta estudantes que devem sair em passeata pelas ruas da capital e tem como objetivo cobrar melhorias nos serviços básicos para a população, como saúde e educação, além de demonstrar o posicionamento contrário ao ato médico. O movimento Não ao Ato Médico mobiliza profissionais e estudantes de 14 setores da área de saúde por todo o Brasil, que se sentem prejudicados com a aprovação do Projeto de Lei 268/02.
O projeto desagrada várias categorias profissionais, porque estabelece o que denominaram de reserva de mercado para os médicos, impedindo a prática de atos praticados normalmente pelas diversas profissões que atuam na área de saúde sem a interferência deles. A principal queixa está no inciso I do artigo 4º, segundo o qual entre as atividades privativas do médico, está a “formulação do diagnóstico nosológico e respectiva prescrição terapêutica”.
Também nesta quarta, uma passeata de aprovados no concurso público para soldado da Polícia Militar interrompe o trânsito no Centro da capital. O grupo de cerca de 100 pessoas segue, com faixas, cartazes, apitos e com roupas preta, da Praça dos Martírios em direção ao Palácio República dos Palmares, onde cobram a nomeação dos candidatos. Até um bolo faz parte do cenário montado para ‘comemorar’ um ano da publicação do edital.
A reclamação dos aprovados é devido à falta de compromisso do governo do Estado.
Segundo os candidatos, todas as etapas do concurso foram feitas com atraso. O próprio resultado do concurso, que deveria ter saído no dia 26 de outubro de 2012, só foi divulgado no dia 30 de novembro.
A ideia dos manifestantes é conseguir uma audiência com o governador Teotônio Vilela Filho para tentar resolver o impasse quanto às nomeações.
Protesto cancelado
Outro protesto que estava agendado para acontecer às 8h na Praça do Centenário, também no bairro do Farol, foi cancelado. Esta manifestação aconteceria para cobrar a não aprovação da PEC 37, que limitava os poderes do Ministério Público e atribuía a exclusividade das apurações criminais aos policiais.
Como a PEC foi votada ontem pela Câmara dos Deputados acabou sendo rejeitada, com 430 votos contra, 9 a favor e 2 abstenções, a manifestação não aconteceu, no entanto, outro protesto está marcado para acontecer na tarde de hoje.
Todas as manifestações foram articuladas pelas redes sociais, uma ferramenta na internet que desde a semana passada vem movimentando o país. A insatisfação do povo começou com os aumentos das passagens de ônibus em vários estados [que acabou sendo revogado], assim como os altos valores gastos em obras para a Copa das Confederações.