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A maioria dos prefeitos vencedores do prêmio de Melhor Gestão Pública, organizado pelo Instituto Brasileiro de Municipalismo, Cidadania e Gestão, foi acusada por improbidade administrativa logo após a premiação. As denúncias vêm causando constrangimento aos organizadores do evento, que decidiram reformular os critérios de premiação.
A ex-prefeita de Piranhas, Melinda Freitas, chegou a ganhar o prêmio duas vezes. Meses depois da última premiação, ela foi acusada da desviar R$ 15 milhões dos cofres da cidade. Entre os vencedores denunciados pelo Ministério Público estão também Antônio Palmery, ex-prefeito de Cajueiro, Renilde Bulhões, de Santana do Ipanema, e Chico Vigário, de Atalaia.
O objetivo do prêmio era, segundo seus criadores, reconhecer o trabalho de gestão dos prefeitos. Mas as recorrentes denúncias forçaram a uma mudança. “Nós premiávamos os gestores públicos com práticas administrativas e investimentos em políticas públicas de acordo com os princípios da moralidade e da legalidade", disse Pedro Jorge, presidente do Instituto. Ele conta que chegou a pensar em acabar com o prêmio. "Queríamos extinguir o prêmio, mas agora resolvemos premiar não só prefeitos, mas qualquer agente público que tenha desenvolvido ações de cidadania”, completou.
O presidente da Associação dos Municípios de Alagoas (AMA) e prefeito de Jequiá da Praia, Marcelo Beltrão, concorda que os critérios devem ser reformulados, mas ressalta a atuação honesta de outros prefeitos. "Existem, sim, bons prefeitos e, abrindo vagas, haverá muito candidatos ao prêmio”, afirmou.