Alagoas vive epidemia de doenças diarreicas, diz Sesau

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Estatísticas da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) revelam que, somente nos primeiros cinco meses deste ano, o total de casos no Estado alcançou 12.961, enquanto que em 2012 esse número ficou na casa dos 5.825. Além disso, 41 municípios apresentaram 40% de aumento de ocorrências, principalmente na faixa etária com mais de 10 anos.

Os dados foram expostos durante reunião entre gestores e técnicos da Sesau e técnicos do Ministério da Saúde (MS), realizado no Memorial à República, em Jaraguá, na última sexta-feira (14).

Segundo a Sesau, o encontro definiu as ações estratégicas para combater a epidemia. A coordenadora geral de Vigilância em Saúde Ambiental do MS, Rejane Alves, comentou que a mesma situação tem sido encontrada em quase todos os estados do Nordeste, com exceção de Bahia, Sergipe e Maranhão. “Não é uma questão apenas daqui, mas sim da região como um todo. Todos estão com surtos de diarreia, especialmente o Ceará”.

No Estado, 24 municípios estão com epidemia da doença e 40 em estado de alerta, o que, segundo a diretora de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde, Elisabeth Rocha, tem causado preocupação. “O maior número de casos da doença tem sido registrado em municípios das regiões Agreste e Sertão, com ênfase nas cidades de Delmiro Gouveia, Santana do Ipanema, Arapiraca e Palmeira dos Índios”, destacou.

Para conter a epidemia, a superintendente de Vigilância à Saúde da Sesau, Sandra Canuto, ressaltou que o órgão desenvolve uma série de ações. Entre elas, uma parceria com o MS para o envio de hipoclorito de sódio, usado frequentemente como desinfetante e como agente alvejante e recomendado para purificar a água para consumo humano.

“Esse hipoclorito já foi solicitado e deve chegar na próxima semana, auxiliando na questão. Também solicitamos reidratantes orais para os casos de diarreia aguda”, disse a gestora, acrescentando que a secretaria também vai capacitar técnicos das Vigilâncias Epidemiológicas na área de investigação de surtos para que os municípios possam intensificar o controle.

Além disso, uma equipe do Programa de Treinamento em Epidemiologia Aplicada aos Serviços do Sistema Único de Saúde (EpiSUS) também virá a Alagoas auxiliar no processo. “Ainda estamos realizando reuniões semanais, todas as segundas-feiras, para discutir a situação e vamos promover campanhas educativas na mídia voltadas para a população e para os profissionais. Outro ponto será o envio de novas notas técnicas aos municípios com orientações sobre os procedimentos a serem adotados”, afirma Sandra Canuto.

Participaram da reunião técnicos e gestores do Laboratório Central de Alagoas (Lacen); das Diretorias de Vigilância Sanitária (Divisa), Epidemiológica (Divep) e em Saúde Ambiental (Divisam); da Diretoria da Atenção Básica (DAB) e do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância à Saúde (Cievs), além da Assistência e da Vigilância à Saúde da Secretaria de Saúde de Maceió.