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O servidor público Josenildo dos Santos Lima afirmou à Polícia Civil, na tarde
desta terça-feira (18), que "atirou para se defender", durante o protesto que
aconteceu nessa segunda-feira (17), em Maceió. Ele é apontado como o principal
suspeito de balear o estudante M.A.S.M., 16 anos, e se apresentou à polícia, de
forma espontânea, no final desta manhã.
Josenildo prestou depoimento por
mais de duas horas e, de acordo com o delegado Cícero Lima, contou detalhes
sobre a confusão. O acusado afirmou ter usado um revólver calibre 38 e atirado
para o alto, na tentativa de dispersar a multidão. Ele alegou que o carro em que
seguia, que pertence a Superintendência de Iluminação Pública de Maceió (Sima),
estava sendo danificado pelos manifestantes.
O acusado se apresentou na
companhia do procurador da Sima e do servidor da Superintendência que estava no
veículo no momento da ocorrência. Ele servirá como testemunha no inquérito
instaurado pela Polícia Civil para esclarecer o fato. Josenildo responderá em
liberdade.
O delegado Cícero Lima informou que tem 30 dias para concluir
o inquérito e que todos os fatos serão apurados. No entanto, à imprensa, ele
revelou que o acusado "omitiu informações". Josenildo Lima poderá responder por
tentativa de homicídio, caso fique caracterizado que houve intensão.
O
veículo usado pelo servidor está apreendido na Delegacia Geral da Polícia Civil
e, de acordo com o delegado Cícero Lima, deverá ser periciado nos próximos
dias.
Por meio da assessoria de comunicação da prefeitura, a Sima
informou que concederá uma entrevista coletiva para explicar o fato. Nesta
manhã, o prefeito Rui Palmeira (PSDB) usou o Facebook para pedir desculpas à
população e confirmou que o veículo era oficial.