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Saúde
16/06/2013 18:13:41

Infectologista alagoano alerta sobre doenças de veiculação hídrica

Infectologista alagoano alerta sobre doenças de veiculação hídrica
Dr. Marcelo Constant infectologista

cadaminuto //

gabriela flores

 

Com a chegada do período chuvoso também chegam de forma silenciosa e sem muito alarme as doenças de veiculação hídrica. Essas doenças podem ser adquiridas por duas formas que são a ingestão ou o contato com águas contaminadas. A falta de esgotamento sanitário, o lixo jogado a céu aberto e o consumo de água sem tratamento podem ser os principais focos de transmissão.

 

No caso de ingestão de água contaminada, ou seja sem tratamento, se pode contrair diarréia, febres tifóide e paratifóide, cólera, leptospirose e hepatites do tipo A e E. A recomendação do médico infectologista Marcelo Constant, do Hospital Escola Helvio Auto (HEHA) é que além das pessoas primarem pelas condições sanitárias adequadas e hábitos de higiene pessoal “consumam água tratada. Quando isso não é possível é aconselhável fazer uma fervura na água ou ainda colocar duas gotas de hipoclorito de sódio ou água sanitária para cada litro. Assim o líquido estará pronto para o consumo humano”, destacou o médico infectologista.

 

Constant recomenda também que para não contrair doenças por via oral, os legumes e verduras que forem ser consumidos crus sejam lavados em água corrente e fiquem submersos por alguns minutos em uma mistura de uma colher de sopa de hipoclorito ou água sanitária para dois litros de água. “Essa medida simples pode evitar muitas doenças”, destacou o médico.

 

Contato externo

Outra forma muito comum de contaminação neste período chuvoso é o contato com águas sujas e poluídas por fezes e urina de animais. “Com as ruas alagadas é comum observar que as pessoas andam por locais onde animais podem ter defecado ou urinado. O contato dessa água contaminada por um período extenso com a pele ou em partes com ferimentos extensos podem contribuir para contaminação por leptospirose”, afirmou Marcelo Constant.

 

O médico ressalta ainda que “a contaminação pela bactéria leptospira está diretamente associada à urina do rato de esgoto, porém é preciso estar atento uma vez que também pode ser transmitida por animais domésticos. Por isso a importância da vacinação dos bichos de estimação”, disse o infectologista.

 

Tratamento

Os primeiros sinais de contaminação por leptospirose aparecem numa média de 7 a 14 dias. Os sintomas são febre, dor de cabeça e dores pelo corpo, principalmente nas panturrilhas.

 

“Em caso de suspeita o paciente deve ir até um hospital de referência e informe ao médico que teve contato com água poluída. Se houver indícios de contaminação, o paciente será encaminhado ao HEHA, que é uma unidade de referência para iniciar o tratamento”, afirmou Marcelo Constant.