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Justiça
11/06/2013 16:46:43

Júri dos acusados de crime em União: defesa diz que não há provas concretas

Júri dos acusados de crime em União: defesa diz que não há provas concretas
Dois policiais acusados são pessoas conhecidas em União dos Palmares

tudonahora //

 

A defesa dos dois acusados de integrar o grupo criminoso conhecido como “Ninjas” de União dos Palmares, que estão sendo julgados nesta terça-feira (11) na 7ª Vara Criminal da Capital, se sustenta na alegação de falta de provas concretas contra os réus. O cabo Eraldo Tadeu Vieira dos Santos e o subtenente Antonio Batista de Lima Barreto respondem, junto com outros cinco réus, pela chacina realizada no município, ainda em 2002, que vitimou quatro jovens negros.

 

O advogado Manoel Passos, que defende o réu Antonio Batista, afirma que a acusação é feita com base em uma carta anônima na qual são citados Antonio e outros três acusados. “A carta informa a execução e diz que as vítimas foram obrigadas a deitar no chão durante uma abordagem. Em seguida, houve os disparos. Tudo isso segundo a carta. Não provas concretas contra eles”, defende Manoel Passos.

 

No julgamento, presidido pelo juiz Maurício Breda, não foram ouvidas testemunhas. Os réus foram interrogados e em seguida teve início o debate entre acusação e defesa. Além deste crime, a organização criminosa é apontada como autora de diversos homicídios em União dos Palmares.

 

Os demais réus não estão sendo julgados hoje porque ainda há recursos em tramitação no Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL). São eles Sandro Jorge da Silva, Jailson Vicente de Melo , Givaldo Vicente de Melo, José Elenildo de Souza Silva e Marcos Antonio Francisco Silva.

 

Chacina

A chacina de 2002 vitimou Tiago Holanda Silva, de 18 anos, Sizenando Francisco da Silva, de 17 anos, Sydrônio José da Silva, de 16 anos, e Maurício da Silva, de 19 anos.

 

A princípio, o caso seria julgado na própria cidade de União dos Palmares, no entanto, o Tribunal de Justiça (TJ) entendeu que a influência política dos réus no município poderia afetar a imparcialidade dos jurados e o caso foi transferido para Maceió.

 

De acordo com o relator do processo, desembargador José Carlos Malta Marques, informações fornecidas pelo juízo da Comarca da cidade dão conta de que os acusados têm parentesco com políticos influentes da região.