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Ele já foi prefeito de Maceió
(1965 a 1970), deputado Estadual (1971 a 1973), deputado Federal (1979 a 1983 e
2001 a 2002), duas vezes senador da República (1987 a 1990 e 1990 a 1995) e
três vezes governador de Alagoas (1975 a 1978; 1983 a 1986 e 1995 a 1997). No
último mandato foi eleito com o melhor percentual entre os governadores do
Brasil, com 81% dos votos, mas sua vida política sofreu um revés que tiraria
Divaldo Suruagy da política, como vilão de uma época sombria para os alagoanos,
principalmente os servidores públicos.
Homem fino, de bom trato e uma vida dedicada à política, Divaldo Suruagy
surpreendeu a todos quando decidiu, um ano após seu afastamento, disputar o
mandato de deputado federal. Os cientistas políticos e alguns amigos diziam que
era muito cedo para que ele tentasse retomar sua vida pública, mas Suruagy
insistiu e sentiu nas urnas o ‘gosto amargo’ da derrota. Suruagy ficou como
suplente de Albérico Cordeiro, mas assumiu a vaga com a vitória de Cordeiro à
Prefeitura de Palmeira dos Índios.
Após cumprir os dois anos de
mandato, Suruagy encerrou o mandato e confirmou sua ‘aposentadoria’ da vida
pública.
Agora, 11 anos depois,
Divaldo Suruagy trabalha seu retorno à política. Vai disputar uma das vagas na
Assembleia Legislativa, 44 anos após sua passagem pela Casa de Tavares Bastos,
onde se destacando como líder da bancada e líder do governo Afrânio Lages. Foi
com a postura de líder e interlocutor que o então presidente da República,
Ernesto Geisel, em 1974, o indicou para o "cargo biônico", pelo
presidente Ernesto Geisel, em 1974, e sua gestão como chefe do executivo
assegurou sua eleição para deputado federal, em 1978.
Por enquanto Divaldo Suruagy
prefere o silêncio, mas sua candidatura já tem o aval do presidente de um dos
partidos mais sólidos de Alagoas e com grandes nomes na política brasileira.
A queda de Suruagy
No dia 17 de julho de 1997 terminava, de forma melancólica, a vida pública de
um dos mais conceituados políticos de Alagoas. Com seis meses de salários em
atraso e uma crise político-financeira Divaldo Suruagy foi forçado a renunciar
o mandado em meio a protestos de milhares de servidores públicos, que também
reivindicavam melhoria nas condições de trabalho nas repartições públicas.
Desesperados, muitos servidores cometeram suicídio depois de seis meses sem
receber salário, militares e civis se uniram em um combate armado nas
proximidades da Assembleia Legislativa de Alagoas, que estava protegida pelas
tropas do Exército. Houve quebra-quebra nas ruas e, finalmente, aconteceu a queda
do governador Suruagy; o fato ficou conhecido como "A queda de
Suruagy".
Em tempo:
Há quem diga que a queda de Suruagy só aconteceu por causa da traição de alguns
aliados políticos. Após sua renúncia assumiu o governo do Estado Manoel Gomes
de Barros. Para ajustar as contas o então governador promoveu o Programa de
Desligamento Voluntário (PDV), provocando a maior demissão em massa de
servidores públicos da história do Brasil.
Mais sobre a vida de
Divaldo Suruagy,
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