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O Ministério Público Federal, em parceria com o Ministério Público do Estado,
promoveu uma reunião, no último dia 29, para tratar sobre a situação dos
desabrigados das enchentes de 2010, na cidade de Santana do Mundaú. As casas que
deveriam ser destinadas às vítimas ainda não estão prontas, mas foram ocupadas.
Os moradores reclamam da precariedade do lugar, a exemplo da falta de
energia.
A procuradora da República Roberta Lima Barbosa Bomfim e a
promotora Carmen Sylvia Sarmento, a fim de solucionar a questão, reuniram
representantes da Caixa Econômica Federal, Governo de Alagoas (Procuradoria
Geral do Estado e Secretarias da Fazenda e de Infraestrutura), Prefeitura e
Câmara de Vereadores de Santana do Mundaú, construtora responsável pela obra e
líderes do movimento dos atingidos.
Os problemas em Santana do Mundaú
estão diretamente relacionados à paralisação das obras. De acordo com a
construtora, não foram concluídas ações na parte de água, esgoto, pavimentação e
meio-fio.
Mas qual o motivo da paralisação? O contrato para a construção
das casas foi feito entre Caixa e construtora, mas os gastos excedentes serão
custeados pelo Governo do Estado, depois da negativa da União em arcar com as
despesas. O Estado, para pagar a dívida, precisa se adequar juridicamente à
situação. Os recursos previstos inicialmente não foram suficientes em razão de
particularidades do terreno.
Ao longo da reunião, a Caixa Econômica
Federal se comprometeu a liberar recursos ainda retidos para finalização das
obras e o Estado, por meio do secretário da Fazenda, Marcelo Toledo, garantiu
que em breve será liberado o aporte relativo aos gastos excedentes.
Com
isso, a construtora irá retomar as obras de esgotamento e abastecimento de água
nos próximos dias. A Secretaria de Infraestrutura do Estado ficou responsável
pelo cadastramento dos ocupantes das casas, que deverão ser retirados, para que
seja viabilizado, aos que não tiverem condições financeiras, o pagamento do
aluguel social até que a obra seja integralmente concluída. Essas despesas
ficarão a cargo do Estado de Alagoas.