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felipe farias
A Superintendência Federal da Pesca em Alagoas pediu a inclusão de pescadores da
região da Lagoa Manguaba como beneficiários de seguro-defeso especial. O
benefício é concedido quando há suspensão da atividade; em geral, no período de
reprodução das espécies – daí o nome. Mas de acordo com o superintendente, Galba
Novaes, a justificativa, agora, é a contaminação da tilápia, o peixe mais comum
na região, por uma bactéria.
“São vários os fatores que levam a isso, a
contaminação dos cursos d’água de uma forma geral: pocilgas, o desmatamento, os
defensivos agrícolas. O problema é mais grave em Pilar, mas está chegando a
Marechal Deodoro”, disse Novaes.
O problema foi diagnosticado depois que
se identificou, segundo ele, a ocorrência de ulcerações no pescado que saía da
região. Depois de distribuído, o produto apresentava o problema e, em especial,
forte odor.
“Nosso laboratório fica situado em Minas Gerais. Mas
conseguimos, por meio da Secretaria da Pesca de Alagoas, que os exames fossem
feitos na Universidade Federal de Alagoas, que identificou a presença da
bactéria aeromona. E a tilápia é uma espécie muito suscetível a ela – assim como
é a uma simples mudança na salinidade da água”.