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andrezza tavares
Na próxima semana, o Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) vai instituir uma nova comissão de juízes que irá julgar os processos de improbidade administrativa em tramitação no Estado.
Desta vez, a competência da força tarefa será estadual, e contará com um número maior de magistrados.De acordo com o presidente em exercício do TJ/AL, desembargador Tutmés Airan, os trabalhos começarão pelo município que tiver o maior número de processos e esse deverá ser o critério utilizado pelo grupo, quanto a ordem dos julgamentos.
“Ao que tudo indica, Rio Largo é o município que tem o maior número de processos de improbidade administrativa e por isso, será o primeiro a receber a força tarefa”, informou Titmés Airan.
Somente contra o prefeito afastado de Rio Largo, Toninho Lins (PSB) existem pelo menos dez ações propostas pelo Ministério Público Estadual (MP/AL). Para o desembargador, os casos de improbidade administrativa vem crescendo em Alagoas e o MP/AL está atento e vem apresentando ações nesse sentido.
“O tema é importante e precisamos dar uma resposta rápida. O administrador desonesto é semelhante ao genocida, pois sua ação letal não atinge uma só pessoa e sim toda a sociedade”, declarou.
Segundo Tutmés Airan, é bem provável que os mesmos integrantes da comissão instituida ano passado, venha a compor o novo grupo, são eles: André Avancini, Alexandre Machado, Carlos Aley, Gustavo Souza Lima e Manoel Cavalcanti Lima Neto.
“A princípio serão cinco magistrados, não podemos aumentar muito esse número por ser um trabalho que requer o máximo de harmonia, já que se trata de muitos réus e muitas testemunhas”, relatou o desembargador.
Isso não quer dizer que os magistrados não tenham harmonia entre si, mas muitas pessoas envolvidas num mesmo trabalho pode atrapalhar o resultado do processo.
O presidente em exercício esclareceu ainda que a comissão irá trabalhar até o final deste ano e havendo necessidade, os trabalhos poderão ser estendidos. “A comissão vai atuar até debelar o máximo de processos possíveis, e vai jogar pesado”, reforçou.
Atualmente, são 314 processos de improbidade administrativa, dos quais, 24 foram julgados pela comissão instaurada em 2012.